Socorro Neri e membros da Associação
Rodinéia Guilherme e Úrsula Prado
AFAT - Associação de Famílias e Amigos de Pessoas com TEA e TDAH, foi fundada em 17 de setembro de 2019 com o objetivo defender os direitos, a proteção e a promoção de pessoas com TEA por meio da assistência à saúde, a educação e assistência social.
Fandemiller Freitas
A Deputada Federal Socorro Neri ouviu atentamente e pactuou com a entidade a buscas pelas ajudas necessárias para a causa que consideram justa e urgente. "Contem comigo, pois, não só vou destinar recursos como também procurar o governo do estado para que ajude a prefeitura nessa causa" declarou.
AUTISMO
O autismo pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação e/ou interação social.
Algumas características como: dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA.
O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa. Esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde. (Fonte: OMS - Organização Mundial da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria)
O QUE É O AUTISMO?
O AUTISMO é um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta a capacidade de relacionamento com pessoas e o ambiente.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome, sendo assim é uma condição permanente. Diferente das doenças, as síndromes não têm cura. Os déficits de desenvolvimento se manifestam, geralmente, na primeira infância – do nascimento aos seis anos de idade – e variam desde limitações específicas na aprendizagem e controle motor até prejuízos nas habilidades sociais e na inteligência. É nessa fase que o cérebro realiza a maioria das ligações entre os neurônios, estabelecendo as condições para o desenvolvimento da criança.
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.
CARACTERÍSTICAS DO TEA
O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas:
⦁ Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
* Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
⦁ Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ⦁ ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).
A partir dos 12 meses, as crianças autistas não apontam com o dedinho, demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas, não mantêm contato visual efetivo e não olham quando chamadas. É importante destacar os raros casos de regressão do desenvolvimento, identificados comumente após ao menos 2 anos de desenvolvimento típico (denominado anteriormente como transtorno desintegrativo da infância).
DIAGNÓSTICO DO TWA
Por volta dos 18 meses já é possível realizar uma avaliação com um profissional especializado, como um neuropediatra ou psiquiatra pediátrico. O diagnóstico do autismo é feito por observação direta do comportamento e uma entrevista com os pais e cuidadores, que pode incluir o teste com a escala M-CHAT.
A confirmação costuma acontecer quando criança possui as características principais do autismo: deficiências sociais, dificuldades de comunicação, interesses restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos (também chamados de estereotipias). A condição pode se apresentar em distintos graus, o que faz com que os sinais também possam ter essas variações. Em casos de autismo leve, por exemplo, o transtorno pode demorar mais tempo para ser diagnosticado, pois costuma ser confundido com outros comportamentos, como timidez, excentricidade ou falta de atenção.
O diagnóstico permite que a criança receba um tratamento personalizado de acordo com as particularidades do seu quadro. Com o acompanhamento médico multidisciplinar, os sintomas tendem a ser amenizados ao longo da vida, melhorando a qualidade de vida do indivíduo e da sua família.
TRATAMENTO
Até o momento, não há remédios específicos para tratar o autismo, embora esta seja uma prioridade das pesquisas, com diferentes medicamentos em teste. O acompanhamento médico multidisciplinar, composto por pediatra, psiquiatra, neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo, entre outros, é o tratamento mais recomendado para ajudar no desenvolvimento da criança autista. A conduta indicada vai depender da intensidade do distúrbio e da idade do paciente e deve ser decidido junto aos pais.
Em linhas gerais, o tratamento associa diferentes terapias para testar e melhorar as habilidades sociais, comunicativas, adaptativas e organizacionais. A rotina de cuidados pode incluir exercícios de comunicação funcional e espontânea; jogos para incentivar a interação com o outro; aprendizado e manutenção de novas habilidades; e o apoio a atitudes positivas para contrapor problemas de comportamento. É muito popular a adoção das abordagens terapêuticas Análise Aplicada do Comportamento (conhecido como método ABA) e Terapia Cognitivo-Comportamental.
Frequentemente, as terapias são combinadas com remédios para tratar condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de atenção, ansiedade, depressão e comportamentos repetitivos. As avaliações são realizadas a cada 3 ou 6 meses para entender a necessidade de mudanças na abordagem ou intensidade do tratamento.
AFAT
AFAT - Associação de Famílias e Amigos de Pessoas com TEA e TDAH, foi fundada em 17 de setembro de 2019 com o objetivo defender os direitos, a proteção e a promoção de pessoas com TEA por meio da assistência à saúde, a educação e assistência social.
Em 04 de dezembro de 2020, a Prefeitura Municipal de Tarauacá, através da Secretaria Municipal de Saúde, atendendo uma reivindicação da AFAT instalou o Centro de Tratamento de Integração Sensorial de Referência em Transtorno do Espectro Autista (Centrin) – com psicólogo infantil, psicólogo familiar, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, assistente social e psiquiatra.
Hoje, o Centrin atende 45 crianças. E existe uma lista de espera. A luta da AFAT tem sido em encontrar meios para que todas as crianças sejam atendidas.
Principais Leis que abordam os direitos de pessoas com TEA
⦁ Lei Municipal N° 968, 13 de fevereiro de 2020 - institui a política municipal de proteção às pessoas com TEA;
⦁ Lei Nº 12.764, de 27 De Dezembro De 2012 que Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;
Tags:
AUTISMO EM PAUTA