“Pedro Biló foi preso em 1976 aos 58 anos, pela polícia federal, e foi levado a Rio Branco, onde ficou preso aguardando o julgamento, pelos crimes de genocídio, formação de quadrilha, escravidão e enriquecimento ilícito. Foi também acusado de cativar índias para vender a madeireiros e seringueiros como mulheres ou como prostitutas em lupanares peruanos.
Em seu depoimento ele reconheceu que teria organizado e participado de muitas correrias ao mando de patrões fazendeiros, e que foram mortos grandes quantidades de índios.
Instruído pelo seu advogado, Pedro Biló alegou que esses crimes teriam acontecido fazia mais de trinta e cinco anos, ninguém, no papel de vítima, questionou este depoimento.
As supostas vítimas não apresentaram queixa, e a defesa alegando a prescrição de crimes, conseguiu fazer com que Pedro Biló fosse liberado pela justiça.”
Escrito Por Isaac Melo
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PEDRO BILÓ (Arquilau Melo)
Pedro Biló: O massacre do lago Arapapá
Eu sou o escritor do artigo "O Massacre do Lago do Arapapá", onde narro, dramaticamente, a grande matança dos índios Caxinawá, feita por Pedro Biló. Este relato pode ser lido, com outros contos dramatizados, no meu livro "Dramas da Amazônia", que pode ser adquirido na Amazon.com. Quando conhecí Pedro Biló, em Feijó-Ac, em 1977, ele não estava de cabelo preto e nem era magro como está nessas fotografias. Era atarracado e forte, e tinha cabelos brancos, aparentando cerca de 70 anos. Apesar de eu ter mudado o nome do local do massacre, para proteger os moradores da época; bem como adotar nomes fictícios para alguns dos capangas de Pedro Bilo, porém, o relato é verdadeiro, ouvido dos lábios de pessoas que foram contemporâneos dos acontecimentos.
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