O clima esquentou entre os deputados estaduais na sessão desta quinta-feira (7) por conta do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em tramitação no Congresso Nacional. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Daniel Zen (PT), não gostou de ouvir o discurso do líder do PP na Casa, Ghelen Diniz, criticando o governo petista. O petista classificou o posicionamento do deputado como incoerente.
Apesar das críticas, o partido de Diniz, o PP, é um dos que integram a base governista no Congresso, e tem barganhado cargos na Esplanada do Ministério para não apoiar o impeachment da presidente Dilma.
Zen também criticou o deputado federal Alan Rick (PRB), que na ultima quarta-feira (6) se posicionou favorável ao processo de impedimento de Dilma. Zen afirmou que não é tolerável que o parlamentar federal possua duplo posicionamento.
“A pessoa tem que ter coerência, não tem como dizer que apoia a Frente Popular [no Acre]. e lá em Brasília votar contra a presidente Dilma.”
O discurso de Zen, cobrando coerência politica, foi pronunciado após Ghelen Diniz criticar o governo da presidente Dilma Rousseff, e ter afirmado que jamais indicou aliados para ocupar cargos na estrutura federal. “Procurem ai para ver se o deputado Ghelen indicou algum cargo aqui ou em Brasília, isso nunca aconteceu. Sou a favor que se puna os culpados, independente do partido”, disse o deputado progressista.
Zen afirmou considerar absurdo que os parlamentares possuam posicionamento dubio, ressaltando que o PP possui dezenas de filiados denunciados pelo Ministério Público na Operação Lava Jato e que, portanto, os progressistas não podem utilizar de discursos em defesa da ética na política.
“Esse é um discurso fajuto, sem vergonha. Fico vermelho de ver o deputado Ghelen vir aqui na tribuna dizer que não tem nada a ver com o partido dele. Tem que acabar esse negócio da pessoa dizer que possui um posicionamento enquanto cidadão, e outro como militante de partido”, declarou ele.