Mais Médicos: profissionais chegam aos municípios em 16 de setembro

Os estrangeiros que fazem parte do Programa Mais Médicos serão lotados em seus locais de trabalho no dia 16 de setembro. Enquanto isso, eles continuam passando por avaliações. Dos 682 médicos, 41 virão para o Acre. 

Os profissionais desde segunda-feira (26) começaram o módulo de acolhimento e avaliação. As aulas acontecem simultaneamente em oito capitais do país durante três semanas: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.

Nessas capitais, os médicos formados no exterior estão sendo avaliados por professores de instituições públicas, e os que forem considerados aptos a participar do programa receberão um registro profissional provisório e começam a trabalhar nos municípios no dia 16 de setembro.

Com carga horária de 120 horas, a avaliação vai aborda aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS), doenças prevalentes no Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais da prática médica. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde e vão participar de simulações de consultas de casos complexos com enfoque especial na atenção básica. Os médicos que atuarão em áreas indígenas (DSEI) terão acesso a conteúdos específicos sobre saúde indígena.

O conteúdo programático e os materiais utilizados no treinamento foram elaborados por uma comissão de política pedagógica formada por professores de Universidades Federais inscritas no programa, Escolas de Saúde Pública e Programas de Residência Médica, sob orientação do Ministério da Educação (MEC).


Um dos profissionais que participa do curso é o acreano Stanley Almeida. Formado na Espanha, ele diz que todos os profissionais têm se ajudado durante as avaliações. "São 20 nacionalidades diferentes. Os brasileiros têm ajudado os estrangeiros. A maioria dos estrangeiros é professor universitário e tem vasta experiência em ações humanas", disse.

Almeida ressaltou ainda não ter preocupação com possíveis preconceitos por parte da classe médica formada no Brasil. "Acredito que será um apoio a classe médica. Não acredito que terão preconceito".

RESPONSABILIDADES - Durante o módulo de acolhimento, os custos com alojamento (em unidades militares) e alimentação serão pagos pelo Governo Federal e a organização logística do módulo de responsabilidade conjunta dos Ministérios da Saúde e da Defesa.

Durante os três anos que os profissionais com diploma estrangeiro atuarão no Brasil, os custeios de moradia e alimentação dos médicos serão de responsabilidade das prefeituras. Também é de responsabilidade das prefeituras disponibilizar transporte diário para os médicos que vão trabalhar em unidades básicas que ficam em locais de difícil acesso. O Ministério da Saúde tem orientado aos gestores locais e governos estaduais ofertarem o traslado do aeroporto até o município onde o profissional realizará suas atividades.

Os municípios que aderiram ao Programa Mais Médicos se comprometem ainda a não substituir profissionais que já atuam na atenção básica local por aqueles que participarão do Mais Médicos, uma vez que o objetivo é ampliar o número de médicos para atendimento à população. Dessa forma, o Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueou o CPF do profissional do Programa Mais Médicos, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem médicos.

Regiões
As regiões que mais receberão médicos com formação fora do país são Sudeste e Sul, com 85 profissionais. O Nordeste contará com 60 profissionais, seguido da região Norte (27), e Centro-Oeste (23). Atenderão a população das periferias de capitais e região metropolitana 179 médicos, e 103 vão para municípios com alta vulnerabilidade social.

Dos 41 profissionais que irão atuar no Acre, dez são brasileiros e 31 com registro profissional de fora do país.

Os participantes estarão distribuídos em 10 municípios e dois Distritos Sanitários Indígenas, sendo a maioria (9) em regiões de extrema pobreza. O número de vagas preenchidas equivale a 22% da demanda dos municípios do estado, que apontaram a necessidade de 183 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os médicos brasileiros foram distribuídos da seguinte forma: Acrelândia (1), Bujari (1), Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Purus (1), Rio Branco (6) e Rodrigo Alves (1).

Os estrangeiros foram da seguinte forma: Brasileia (1), Capixaba (1), Cruzeiro do Sul (2), Distrito Sanitário Especial Indígena em Cruzeiro do Sul (1), Feijó (1), Rio Branco (18), Tarauacá (3), Xapuri (4).

Do Site Agazeta.Net

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