O II Encontro de Marceneiros do Acre, realizado no Teatro dos Nauas, em Cruzeiro do Sul, terminou com um sentimento inverso ao da primeira edição do evento. Antes incrédulos, hoje agradecidos por todos os avanços que alcançaram nos últimos doze meses, profissionais de todo o estado se reuniram para celebrar as conquistas e pactuar novos desafios.
O governador Tião Viana participou do encerramento do encontro, ao lado do senador Jorge Viana, que iniciou o trabalho de valorização da economia florestal sustentável enquanto governador, e do senador Aníbal Diniz. Aplaudido de pé por uma plateia de marceneiros, Viana agradeceu o reconhecimento – uma cena que há dez anos era totalmente impensável – e estimulou a categoria a seguir em frente.
"Há um ano quando eu e o Edvaldo fomos desafiados por vocês, que pediam o licenciamento para trabalhar dentro da lei, eu confesso que sorri e disse que conseguiríamos, mas tive medo de não conseguir. Que bom que nós conseguimos. Eu vim dizer que acredito em vocês e acredito também na possibilidade de gerar renda com a madeira de forma responsável", disse o governador Tião Viana.
O secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães, fez uma avaliação dos avanços em relação às reivindicações do encontro passado. Acesso à madeira legalizada, legalização dos empreendimentos, comercialização dos produtos e a modernização do setor foram os pontos definidos pelos marceneiros como prioritários, os grandes gargalos do setor.
Com os desafios lançados, a equipe de governo, coordenada por Magalhães, trabalhou em parceria com o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) para garantir o licenciamento ambiental de cada marcenaria, resolvendo as pequenas pendências de cada uma, através de visitas in loco.
"Hoje nós já entregamos 150 licenças e temos mais 230 prontas para serem entregues e creio que até o final deste mês todos estarão com suas licenças em mãos. Este é um encontro marcado pela alegria e pela esperança. Temos marceneiros de Assis Brasil ao Jordão, todos reunidos em Cruzeiro do Sul. O que antes parecia impossível hoje é realidade e os empreendimentos de vocês poderão funcionar por quatro anos sem o pagamento de nenhuma taxa", afirmou o secretário.
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