Dos oito deputados federais acrianos, três estão na lista de parlamentares que realizaram viagens para o exterior ou cederam passagens a amigos ou a parentes para conhecer outros países patrocinados pelo dinheiro público.
A relação foi divulgada esta semana pelo sítio Congresso em Foco (www.congressoemfoco.com.br).
Os destinos turísticos mais procurados foram França, Itália, Estados Unidos, Venezuela e Argentina. Ao todo, Ilderlei Cordeiro (PPS), Nilson Mourão (PT) e Perpétua Almeida (PC do B) autorizaram a emissão de 12 bilhetes entre 2007 e 2008.
O campeão do desperdício, com seis viagens autorizadas, foi o parlamentar petista que deixou a filha, Lidiane Mourão, fazer um tour pelas cidades norte-americanas de Nova York e Miami. O próprio deputado aproveitou para em novembro de 2007 conhecer Caracas, Venezuela.Na lista de Nilson Mourão está ainda o ex-presidente do Sindicado dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) Cláudio Ezequiel que foi para Paris, França, em outubro de 2007.
Com cinco passagens emitidas, o segundo lugar ficou com Ilderlei Cordeiro que autorizou Ildefonço Cordeiro Filho a visitar Paris e Milão, Itália, com o dinheiro público.
Na relação dos patrocinados do deputado do PPS ainda estão Sandra, Sebastião e Vanessa Buiatti que saíram de Salvador, Bahia, para Miami, Estados Unidos na mesma data, 16 de março de 2007.
Em último Lugar ficou a parlamentar comunista que permitiu o secretário sindical do PC do B, João Batista Lemos, dar uma passadinha em Buenos Aires, Argentina.A reportagem do jornal A TRIBUNA realizou uma pesquisa para saber qual seria o custo das viagens, verificando que cada tiquet custou entre R$ 1,6 mil a R$ 3.979, sendo que a ida para Nova York foi o valor mais alto.
As passagens aéreas são oferecidas aos deputados e senadores para que possam sair de seus Estados de origem para participar das sessões realizadas no Congresso Nacional, em Brasília, ou seja, os trechos devem ser utilizados dentro do Brasil, mas na prática isso não ocorreu.
De acordo com o Congresso em Foco, dos 513 deputados, 261 realizaram turismo em outros países.
Com a falta de controle, a Câmara desembolsou R$ 4.765.946,91 com o benefício, sendo que desse total foram gastos R$ 1.744.388,93 com taxas de embarque.Na contabilidade, foram 2 mil trechos para 13 destinos diferenciados.
(Freud Antunes - Jornala Tribuna)