Médico feijoense Dr. Juscelino Santos destaca trajetória, vocação humanitária e compromisso com a saúde da população acreana


Tarauacá (AC) – Em entrevista concedida ao Programa Bom Dia Tarauacá, o médico feijoense Juscelino Santos falou sobre sua história de vida, formação profissional, especialização em cirurgia vascular e, principalmente, sobre o trabalho humanitário que vem desenvolvendo em diversas regiões do Acre, levando atendimento médico a comunidades que historicamente enfrentam dificuldades de acesso à saúde.

Logo no início da conversa, Dr. Juscelino compartilhou um momento pessoal e especial: uma recente experiência vivida ao lado da família, esposa e dois filhos, que, segundo ele, renovou ainda mais seu sentimento de gratidão e propósito. O médico também relembrou, emocionado, o depoimento de uma senhora que relatou ter se ajoelhado em oração pedindo apenas a oportunidade de uma consulta médica, o que acabou acontecendo durante uma de suas ações sociais. “Foi um depoimento muito forte, que mexe com a gente e dá ainda mais sentido ao que fazemos”, destacou.

Raízes em Feijó e formação na medicina

Natural de Feijó, Dr. Juscelino é filho de dona Marlene e do senhor Antônio Joel, família bastante conhecida no município, especialmente pelo antigo Hotel Restaurante Líder, localizado no centro da cidade. Com orgulho, ele ressaltou sua trajetória acadêmica, iniciada com a graduação em medicina no exterior, na Bolívia, caminho que, segundo ele, representa uma oportunidade real para jovens de famílias humildes que não têm acesso facilitado às universidades brasileiras.

Após a revalidação do diploma, Juscelino concluiu residência em cirurgia geral e, posteriormente, uma subespecialização em cirurgia vascular no estado de Alagoas. Atualmente, atua em Rio Branco, onde mantém clínica própria, conciliando a rotina profissional com ações sociais em municípios do interior.
Medicina com humanidade

Ao longo da entrevista, ficou evidente que o diferencial do trabalho do médico vai além da técnica. Reconhecido pelo forte viés humanitário, Dr. Juscelino tem participado de missões médicas em locais de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas, zonas rurais e municípios isolados, a exemplo de Jordão, Feijó e Tarauacá.

Para ele, a medicina precisa estar conectada ao sentido da vida. “Não adianta acumular bens materiais. A nossa passagem aqui é breve. O que levamos são as coisas boas que fazemos pelas pessoas”, afirmou. Segundo o médico, devolver à sociedade as bênçãos recebidas ao longo da trajetória profissional é uma escolha consciente e permanente. “O bem que a gente faz retorna em forma de gratidão e de realização pessoal. É extremamente gratificante.”

Importância da cirurgia vascular

Durante a conversa, Dr. Juscelino explicou de forma didática a importância da angiologia e da cirurgia vascular, áreas ainda com poucos especialistas na região. Ele destacou que doenças vasculares são extremamente comuns e afetam grande parte da população.

Existe uma estimativa de que cerca de 80% das pessoas terão, em algum momento da vida, varizes ou vasinhos”, explicou. Além disso, problemas como aneurismas, oclusões arteriais e doença arterial periférica exigem diagnóstico precoce e acompanhamento adequado. “As pernas e os pés estão mais distantes do coração. Com o avanço da idade, a circulação sofre, e isso impacta diretamente na qualidade de vida.”

Limitações, desafios e futuro

Questionado sobre os limites enfrentados para ampliar o atendimento social — como custos elevados, logística difícil e falta de estrutura —, o médico reconheceu os desafios, mas destacou os resultados já alcançados. Em um recente mutirão realizado em Feijó, mais de 5 mil procedimentos foram realizados, incluindo atendimentos na zona urbana e rural, graças à mobilização de profissionais parceiros.

Sobre o futuro e a possibilidade de ingressar na política para ampliar o alcance de suas ações, Dr. Juscelino afirmou encarar o tema com tranquilidade. “Se a vida, Deus e as pessoas conduzirem nesse sentido, estarei pronto para representar e fazer algo ainda maior. Com estrutura e suporte, podemos beneficiar muito mais gente.”

Compromisso com os alagados

Ao final da entrevista, o médico anunciou que já estava a caminho de Feijó para realizar atendimentos voluntários às famílias atingidas pelas enchentes e que também se colocou à disposição para ajudar em Tarauacá. O gesto reforça o perfil de um profissional que não se limita ao consultório, mas que faz da medicina um verdadeiro instrumento de solidariedade.

A entrevista encerrou-se em clima de reconhecimento mútuo, com elogios à postura humana do médico. “Antes de ser qualquer profissional, a gente precisa ser ser humano”, resumiu o apresentador.

Dr. Juscelino Santos segue como exemplo de que a medicina, quando aliada à empatia e ao compromisso social, pode transformar realidades e devolver esperança a quem mais precisa.

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