Autoridades da Funai visitam Conselho Tutelar para alinhar atendimento a famílias e crianças indígenas; novidade é a implantação de uma unidade técnica no município, que deve agilizar processos.
Tarauacá – Em uma reunião produtiva nesta terça-feira (30), o Conselho Tutelar de Tarauacá recebeu a visita de representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O encontro teve como objetivo principal conhecer de perto o fluxo de atendimento dado às crianças e adolescentes indígenas e discutir as dificuldades enfrentadas pelo órgão ao lidar com os povos originários.
Estiveram presentes Vanessa Perini Moojen, chefe do Serviço de Promoção aos Direitos Sociais e Cidadania (SEDISC) da Coordenação Regional do Juruá, e Carlos Gabriel de Albuquerque Kaxinawá, técnico indigenista lotado na Unidade Técnica Local (UTL) da Funai em Feijó.
Durante a conversa, os conselheiros puderam expor os desafios do dia a dia, como a barreira linguística, as diferenças culturais e a logística para atender comunidades localizadas em áreas de difícil acesso. Esses obstáculos, muitas vezes, impactam diretamente na agilidade e na eficácia das medidas de proteção.
Boas Novas: Unidade Técnica Local Será Implementada
Apesar dos desafios apresentados, a reunião foi marcada por uma notícia muito positiva: a confirmação da implementação de uma Unidade Técnica Local (UTL) da Funai no município de Tarauacá. A medida é considerada um grande avanço para a região.
A instalação de uma base física da Funai na cidade vai facilitar e agilizar significativamente os atendimentos e a interlocução entre a fundação, o Conselho Tutelar e as comunidades indígenas. Com a UTL, processos que antes dependiam de deslocamento de técnicos de outras regiões poderão ser resolvidos localmente, tornando a resposta às demandas mais rápida e eficiente.
Uma Ponte entre Culturas
Para o Conselho Tutelar, a presença da UTL significa a criação de uma “ponte” essencial. “Agora teremos um canal direto com a Funai aqui mesmo. Isso vai nos ajudar a entender melhor as especificidades de cada etnia e a construir, em conjunto, soluções mais respeitosas e adequadas para a proteção de nossas crianças e adolescentes indígenas”, comemorou um dos conselheiros, que destacou a importância da parceria.
A visita e o anúncio da nova unidade representam um fortalecimento das políticas de proteção à infância e adolescência indígena na região, promovendo maior integração entre os órgãos públicos e as lideranças comunitárias. A expectativa é que, com essa nova ferramenta, os direitos das crianças e adolescentes indígenas sejam cada vez mais respeitados e garantidos.
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