O que a Universal quer tanto esconder? - THE INTERCEPT

A extrema direita está atirando no próprio pé dia após dia, mas ainda tem chances de sair vitoriosa nas eleições de 2026 — especialmente pela sua aliança com os líderes das grandes igrejas evangélicas.

Figuras como Silas Malafaia, Edir Macedo e Samuel Ferreira estão tentando moldar o futuro do país longe dos olhos do público.

É por isso que o Intercept Brasil chamou Gilberto Nascimento para nossa equipe de jornalistas neste período tão crítico. Ele é o maior jornalista do país quando o assunto é investigar e expor os podres das megaigrejas. Passamos seis meses nos organizando financeiramente para contratá-lo e agora, precisamos turbinar suas reportagens.

Estamos lançando uma série de investigações para revelar como igrejas estão usando a fé das pessoas e uma grande estrutura religiosa e midiática para interferir nas eleições, pressionar o governo e manipular o Congresso — tudo em nome de seus próprios interesses.

Só a Universal, por exemplo, movimentou mais de R$ 33 bilhões em apenas cinco anos — valor que levaríamos séculos para arrecadar. O Intercept, em comparação, conta com apenas dezenas de milhares de apoiadores, que doam em média R$ 34 por mês.

Algumas dessas lideranças religiosas já têm listas com centenas de milhares de eleitores e emissoras de rádio para fazer campanha disfarçada de oração. Fora os seus próprios canais de televisão e blogs de notícias.

Enquanto isso, o silêncio e a complacência de autoridades e da mídia tradicional ajudam a pavimentar o caminho para esse novo poder político-religioso passar por cima da democracia.

E, não contentes em comprar o silêncio do jornalismo corporativo, usam seu dinheiro e influência para tentar calar qualquer veículo que ouse denunciar seus crimes.

A igreja Universal ficou furiosa quando revelamos documentos sigilosos indicando uma possível operação de lavagem de dinheiro que, em apenas cinco anos, movimentou mais de R$ 33 bilhões.

Fomos jogados em uma batalha judicial contra uma igreja bilionária, tivemos que prestar depoimento na polícia e exigiram até que revelássemos nossa fonte — ferindo o direito constitucional de liberdade jornalística assegurado em qualquer democracia.

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