O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) usou o tempo regimental desta terça-feira (4) para agradecer os mais de cinco mil votos obtidos nas urnas no último domingo, 2. Após fazer os agradecimentos e parabenizar os colegas eleitos e reeleitos tanto para a Assembleia quanto para a Câmara Federal, Magalhães comentou o resultado das urnas.
“Quero aproveitar para fazer os agradecimentos ao povo do Acre que me reconduziu, ao meu partido pela profunda dedicação na campanha. A minha equipe que me ajuda na Assembleia, que foram extraordinariamente competentes. A Federação Brasil da Esperança, sem a qual eu também não estaria aqui. Aproveito para lamentar a perda do mandato do deputado Daniel Zen. Acho que a perda do deputado Daniel Zen fará falta. Foi um parlamentar produtivo e extremamente competente”, disse Edvaldo Magalhães.
Ao falar sobre a reeleição do governador Gladson Cameli, Edvaldo afirmou que “a base governista está obesa”. “O governo do estado fez barba, cabelo e bigode. A base governista está obesa. E longe disso ser uma solução, pode ser um problema. Quem cresceu até este momento dentro do Executivo, vai querer ampliar e os novos que estão chegando não vão querer ficar menor. Vou desejar sorte ao futuro líder que terá dificuldade de agasalhar a todos e eu vou estar aqui cutucando com a vara bem curtinha”, disse Edvaldo Magalhães.
Edvaldo afirmou também que “quando as urnas se manifestam, a primeira atitude é não se revoltar. Quem se revolta não está preparado para tirar lições do processo”. E reiterou: “as eleições são frutos de um momento. São frutos da influência daquele momento. E nada é estático. Quem se desespera em conjuntura difíceis, não tem capacidade de resistir”.
O parlamentar salientou que permanecerá na trincheira da oposição. Ele pontuou que não esperem dele o silêncio. “O meu papel aqui será de ser fiel a decisão tomada pelo povo acreano. Tenho muitos anos na política, mas nunca mudei de lado, nunca deixei de defender os princípios que defendo. Fiz uma campanha encarnado para que todos soubessem o que defendo. Em um dos estados mais bolsonaristas do Brasil, fiz questão de dizer que sou lulista. Foram seis milhões e 100 mil votos de diferença. Foi grande feito. A manifestação do povo brasileiro. É claro que o segundo turno será de quem tiver maior capacidade de juntar os campos. Eu quero concluir reafirmando uma questão. A minha relação independente das bandeiras, sempre foi de respeito, sempre foi de divergir de forma muito enfática, mas nunca de dar bola nas costas de ninguém. A gente tem que ter a capacidade de divergir, sem partir para questões pessoais. Não haverá o silêncio dos cemitérios. Vamos discutir tudo. Vamos discutir o estado e o seu desenvolvimento. Aquilo que for do interesse do Acre, não precisa me pedir voto. Sempre votei a favorável”.
Finalizando, Edvaldo Magalhães disse que o governador Gladson Cameli terá um segundo mandato desafiador e precisará de equipe qualificada. “Ele terá que se reinventar, terá que ter equipe técnica. Terá que governar. Agora, ele terá que responder com governança. Há uma tendência natural à acomodação. Quanto é maior a vitória, mais o sapato ficar alto”.
(assessoria)