FEIJÓ: MPAC pede que mulheres policiais acompanhem ocorrências de violência doméstica no município


O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) por intermédio da Promotoria de Justiça Criminal de Feijó, promoveu na sexta-feira, 7, reunião com gestores do município e do estado, para debater e traçar ações estratégicas de combate a violência doméstica.

A reunião foi coordenada pelo promotor de Justiça Juleandro Martins de Oliveira, e contou com a presença do prefeito de Feijó, Kiefer Roberto Cavalcante Lima, do delegado de Polícia, Arruaires Bezerra Lima, do secretário de Administração, Wisley Monteiro Lima, da secretária de Educação, Maria Vinete Leitão de Araújo, do sargento da Polícia Militar, Esdras Fequis Gomes e do coordenador-geral do Núcleo da Secretaria de Estado de Educação em Feijó, Everly Damasceno do Nascimento.

A quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180 cresceu quase 40% em relação ao mesmo mês de 2019, isso em razão do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam também um crescimento de 22,2% nos casos de feminicídio entre março e abril deste ano em 12 estados, comparado ao ano passado.

Desde 2018 o Acre figura entre os estados brasileiros mais violentos para as mulheres, tendo atualmente a maior taxa de feminicídios do país. Somente nos seis primeiros meses de 2020, oito mulheres foram assassinadas brutalmente por seus companheiros ou ex-companheiros, o que configura um aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado.

O promotor explicou que o objetivo é incentivar o encorajamento das mulheres para denunciarem seus agressores aos órgãos competentes, assim como ampliar os canais de denúncia, especificamente durante esse período de isolamento social, onde as violações de direitos e a violência doméstica foram acentuadas.

“Sabemos que essa questão da violência doméstica passa por um problema cultural, por isso reunimos os gestores e definimos ações que podem ajudar no combate a esse tipo de crime. Além das ações repressivas já realizadas pelas forças policiais, a ideia é trabalhar com ações preventivas, neste sentido, solicitamos atenção especial aos estudantes, para que eles passem a ter um novo olhar sobre o tema e colaborem disseminando as informações recebidas em seus espaços de convivência”, disse o promotor.

Na oportunidade, ficou acordado que as policias Civil e Militar vão destacar policiais do sexo feminino para atender ocorrências de violência doméstica, de forma a oferecer tratamento mais humanizado às vítimas.

A Prefeitura do município vai realizar campanhas de divulgação dos telefones e canais para denúncias, e a Secretaria de Educação se comprometeu a inserir esse tema em suas atividades pedagógicas, como forma de prevenir o crescimento da violência doméstica no município.

assessoria

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