ARTIGO: CORONA VÍRUS E A DISPUTA POLÍTICA (ROMÁRIO COSTA)


A temática a respeito do novo CORONA VIRUS, conhecido cientificamente como COVID 19, tem sido amplamente discutido pelos brasileiros nas redes sociais. Neste contexto é importante destacar alguns pontos sobre o assunto, como a necessidade de fazer “quarentena”, sugerido ao mundo pelas autoridades médicas e a Organização Mundial de Saúde (OMS), por outro lado temos a preocupação com a destruição da economia, com as pessoas proibidas de trabalhar e produzir, diante dessa crise de pandemia. 

No que se refere à quarentena é necessário compreender o termo. Quarentena, tal qual conhecemos hoje, segundo o Centro para Prevenção de Doenças e Controle (CDC), começou na Idade Média, os navios que chegavam em Veneza de lugares afetados pela PESTE NEGRA eram obrigados a esperar 40 (quarenta dias) antes de atracar no porto. Pois então, a quarentena separa ou restringe a circulação de pessoas saudáveis, mas que podem ter sido expostas à uma doença, de modo evitar a disseminação da mesma. As pessoas em que estão em quarentena podem ter sido expostas à doença e ainda não sabem. A medida dura o tempo suficiente para garantir que a pessoas não foram infectadas. Na Itália, onde o afastamento social não foi levado tão a serio num primeiro momento, estão ocorrendo milhares de mortes todos os dias. Aqui no Brasil, logo após as primeiras ocorrências do CORONA, Governos Estaduais e Prefeituras, seguindo orientações do Ministério da Saúde, trataram de implementar a quarentena com medidas restritivas à população com objetivo de proteger de imediato as pessoas mais vulneráveis, que são os idosos, crianças e outros que possuam doenças crônicas. 

Todavia, pensa diferente parte da população, que acreditam que as medidas de quarentena, estão exageradas, fato também comungando pelo atual presidente da Republica, exposto inclusive por intermédio de pronunciamento oficial. Estes enxergam a destruição da economia com a proibição das pessoas trabalharem e produzirem, de fato a quarentena acarreta sérios problemas econômicos e sociais, como desemprego, falência de pequenas empresas, e também falta de arrecadação de impostos por partes dos governos, fazendo com que os brasileiros fiquem mais pobres, aumentando, desta forma, a fome de muitas famílias, dado o numero elevado de informalidade que se encontra no Brasil. 

Em suma, denota-se que a divergência, tem aspectos a serem vistos de ambos os lados, a economia com os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, assim como a vida, que são premissas protegidas pelo Estado, conforme diz a nossa Carta Maior. Em uma coisa precisamos concordar: todos que amam a nação precisam se unir independente de pensamentos políticos ou religiosos, haja vista que o vírus não escolhe cor nem credo, da mesma forma que a necessidade de comer e trabalhar para sustentarmos os nossos.

POR ROMÁRIO COSTA
PROFESSOR DE FILOSOFIA

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