Um geoglifo de aproximadamente 2.500 anos, localizado no Acre, foi tombado nesta sexta-feira (9) pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
É o primeiro geoglifo tombado como patrimônio cultural no país, que tem pelo menos outras 400 formações do gênero espalhadas pela região Norte.
Chamados de “tatuagens da terra” por grupos indígenas, os geoglifos são grandes desenhos geométricos cavados na terra, com profundidade de até 2,5 metros. No Brasil, eles foram feitos entre 800 e 2.500 anos atrás.
Ainda não se sabe por que os povos indígenas faziam esses desenhos no chão. Uma das hipóteses é de que os símbolos estivessem ligados a rituais religiosos; outra, de que sejam vestígios de aldeias.
Boa parte deles vem sendo descoberto nos últimos anos — ironicamente, também em função da ação do desmatamento na região amazônica.
O geoglifo do sítio arqueológico Jacó Sá, tombado nesta sexta, fica a cerca de 50 quilômetros de Rio Branco. A ideia é fazer do local um atrativo turístico, e estimular a preservação de outras formações semelhantes pelo país.
Para o Iphan, os símbolos são “essenciais para entender o processo de ocupação e povoamento da região amazônica”, e têm “importância científica, histórica e afetiva”.
O geoglifo tombado nesta sexta também foi indicado como Patrimônio Mundial pelo Iphan. Nesse caso, o processo ainda precisa ser avalizado pela Unesco.
(A Tribuna)