RIO BRANCO: Fretistas fecham rua e fazem protesto por regularização da categoria


Um grupo de cerca de 20 freteiros fechou a Rua Arlindo Porto Leal, em frente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta terça-feira (6), como forma de protesto contra a Agência Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac). Os manifestantes se reuniram em frente da Gameleira, em Rio Branco. Eles alegam que tentam se regularizar como freteiros e a diretoria da agência adia os encontros. Paralelo a isso, os manifestantes dizem sofrer com multas abusivas e humilhações dos fiscais da Ageac.

Ao G1, o diretor-geral e presidente do conselho da Ageac, Vanderlei Freitas Valente, nega que a Agência esteja perseguindo a categoria. Ele disse que na verdade a Ageac está cumprindo o seu papel que é fiscalizar.

“Eles [fretistas] não estão trabalhando como freteiros, eles estão trabalhando com o transporte clandestino ilegal todos os dias. Eles carregam passageiros de forma irregular. Estão burlando a lei e querendo estipular mais uma modalidade de transporte no estado, só que irregular, porém, a lei não contempla essa categoria. Então, o que a gente está fazendo é fiscalizar e coibir o transporte irregular de passageiros”, explicou.

O freteiro Orieliton Martins disse que eles estão fazendo um movimento pacífico e que querem uma solução para o problema e conseguir se cadastrar na Ageac.

“Estamos aqui na Aleac para tentar resolver o problema de forma pacífica. Queremos uma solução, pois estamos trabalhando de forma irregular porque eles [Ageac] não deixam a gente se regularizar. Trabalhamos praticamente todo dia fazendo transporte de Rio Branco para Cruzeiro do Sul, somos em quase 20 caminhonetes. Quando a gente chega lá na Ageac mandam ir para a prefeitura e a prefeitura manda ir atrás do Sindicato dos Taxistas e ficamos sendo jogados de um lado para o outro”, disse.

Outra coisa que Martins reclama é que as multas cobradas são muito altas e que eles passam por constantes humilhações inclusive na frente dos passageiros.

“As multas que cobram são mais altas do que as da Álcool Zero, são cobrados valores de mais de R$ 2,3 mil. Quando eles pegam a gente fazem até a gente devolver o dinheiro para os passageiros e passamos por humilhações. Se a gente não tiver nenhuma resposta dos parlamentares ou do senhor presidente da Ageac vamos fechar a rua, porque estamos no nosso direito”, garantiu.

Francisco Neri, de 65 anos, diz que trabalha há mais de 12 anos como freteiro e que é constantemente multado nas rodovias.

“Minha carteira é para carregar cargas e disseram que não posso carregar o dono da carga. Eu disse tudo bem, fizeram eu devolver o dinheiro do passageiro, autorizou levar carga. No outro dia eu estava levando a dona da carga e me barraram. Disseram que eu não podia levar porque ela tinha que andar com a carga, peguei duas multas. Isso é um absurdo”, finalizou.

Do G1-Acre

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