RÉGIS PAIVA/CONTILNET -O deputado federal Moisés Diniz (PCdoB) reuniu-se no fim da manhã desta quarta-feira (28) com os representante de vários sindicatos para discutir a criação de um comitê para se contrapor à reforma da previdência proposta pelo Governo Federal. A reunião foi no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac).
A expectativa do deputado comunista é a criação de um comitê conjunto dos sindicatos e a sociedade para combater a medida do Governo Federal que aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima de aposentadoria.
Uma das medidas propostas por Moisés é levar estas mudanças ao conhecimento do público e, juntamente com a população, acionar o alerta aos acreanos da base governista na Câmara: Jéssica Sales, Flaviano Melo (ambos do PMDB), Major Rocha (PSDB) e Alan Rick (PRB).
O deputado pretende promover um seminário no mês de janeiro para discutir a questão e traçar as metas para o embate contra a medida. “Atualmente o Governo Federal tem maioria e, por conta disso, quer aprovar o quanto antes por medo da pressão dos movimentos e da população”, informou o parlamentear.
“Queremos criar um comitê para discutir a reforma e envolver a sociedade, sindicatos e os políticos, independentemente de partidos. Essa proposta do Governo Federal destrói as esperanças dos brasileiro. Por isso estamos Iniciando a discussão para instituir em janeiro esse comitê”, comentou.
Moisés destacou o fato de que, se a PEC da reforma da previdência passar e o contribuinte quiser o salário integral, o contribuinte terá de trabalhar por 49 anos. “Em minha casa tenho quatro filhos, todos com mais de 21 e atualmente desempregados. Mas mesmo se estivessem empregados hoje, só iam se aposentar com setenta anos”, revelou.
O deputado destacou que para o IBGE a expectativa de vida dos acreanos é de 73 anos: “Isso é uma enorme maldade para com a população do Estado. Aposenta apenas para esperar a morte?”