ARTIGO: A crise acaba com Tarauacá

O planejamento garante o sucesso e no setor público o planejamento deveria sair das promessas e se transformar em serviços. O exemplo está em Tarauacá, onde as ruas estão cheias de buracos, principalmente as que foram asfaltadas nos últimos meses.

A situação do município é ainda mais grave, porque falta dinheiro e o motivo é a falta de planejamento. Apenas em março, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) teve um corte de quase R$ 400 mil dos R$ 927 mil, restando R$ 556 mil para manter os serviços públicos.

Esse dinheiro a menos é culpa do gestor que não soube dimensionar o próprio orçamento, além de deixar de realizar os pagamentos de forma correta, assim as dívidas vão crescendo e a população sofre mais ainda com a falta de serviços de saúde, educação, asfaltamento decente, entre outros problemas.

Sem planejamento, os quase 39 mil habitantes continuam vivendo em uma cidade cheia de barro, ruas sujas, sofrendo com a falta de remédios e os espaços públicos ficam com a cara de abandonados.

Como o poder público é o responsável por injetar dinheiro no município, o corte desses recursos afeta o comércio local, o que representou, apenas em janeiro e fevereiro, dez demissões, segundo o Ministério do Trabalho. O número parece pouco, mas são pessoas, homens e mulheres que ajudam no sustentam família, ou seja, cada demissão pode afetar cerca de outras quatro pessoas, com isso quase 40 pessoas perdem o poder de compra. Esse efeito dominó se arrasta para o comércio, porque o desempregado deixa de comprar e deixa de pagar as contas, então o caso deve ser olhado de forma séria.

Mesmo com a crise, os mais de 3,5 mil veículos registrados em Tarauacá continuam a circular e as ruas continuam a ficar cada vez mais desgastadas e a lama fica acumulada. É bom lembrar que o mosquito Aedes aegypt se reproduz mesmo na água suja, assim a população fica doente.

No verão, o barro vira poeira e as crianças sofrem com doenças respiratória e a população sofre com a demora no atendimento, quando existe atendimento.

Os buracos quebram os carros, os carros públicos pifados ficam parados e a falta de serviço aumenta ainda mais e o povo simples que sofre mais e mais.

No final, o maior problema foi a falta de planejamento que gerou a dívida e a conta é cobrada, então a prefeitura parcela, pagando valores altos, que não param de chegar, então o orçamento público fica menor, e, sem dinheiro, o círculo vicioso continua a ponto de virar uma bola de neve.

Com tanta falta de responsabilidade, é preciso reavaliar a atual gestão, responsabilizando os atuais administradores do dinheiro público, o maior culpado pela crise.

Por Grandi Almeida
Empresário de Tarauacá

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