Após registro, Rede Sustentabilidade já se prepara para as eleições de 2016

Por Anaís Cordeiro – Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de aprovar, na terça, dia 22, a concessão de registro para a Rede Sustentabilidade, partido encabeçado pela ex-ministra Mariana Silva, o agora oficialmente partido prepara-se para ser uma das alternativas de voto nas eleições municipais de 2016. De acordo com o porta-voz da Rede no Acre, Carlos Gomes, os desafios são muitos, mas a Rede irá correr contra o tempo com o objetivo de se apresentar como uma alternativa consistente.

“Os desafios são inúmeros. Temos um prazo muito curto para filiar tanto as pessoas que já estavam pré-filiadas no nosso site quanto as pessoas que provavelmente serão candidatas. Mas o maior desafio que a gente se propõe é discutir o programa para que a Rede tenha uma incidência política como alternativa real que discuta tanto a crise econômica posta e sentida em estados e municípios, mas pensando também na sustentabilidade ética, moral e no desenvolvimento econômico.”

Gomes explica que a Rede Sustentabilidade propõe que antes da filiação o cidadão esteja ciente quanto aos princípios no partido, e por isso será feita uma formação para que de forma dinâmica o estatuto e manifesto da Rede sejam esclarecidos aos interessado em ingressar.

O primeiro encontro com esse intuito, denominado “Formação em Rede”, vai acontecer no sábado, dia 26 de outubro, a partir das 14h, em um endereço localizado na Rua Pernambuco, Bosque, ao lado do Consulado do Peru.

Além de se organizar para estruturar o partido em alguns municípios do estado, a Rede se articula também para lançar um candidato à prefeitura nas eleições do ano que vem, como afirma Gomes:

“Internamente, o sentimento da ­Rede é lançar candidaturas para apresentar uma alternativa política e programática real para Rio Branco, e essa candidatura passa por um programa, mas a gente também tem nomes como o Toinho Alves, o Dr. Julinho, que são os que a gente considera que podem representar esse programa da Rede”

Com relação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), que recebeu Marina nas eleições de 2014, Gomes defende que a relação entre as siglas é de máximo respeito. Em 2013, a Rede Sustentabilidade teve o registro do partido negado pelo TSE e, para participar das eleições gerais de 2014, Marina filiou-se ao PSB, do qual foi candidata à vice-presidência e, posteriormente, com a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo, assumiu a candidatura.

“A Rede e o PSB foi uma feliz casualidade que deu certo. A gente conseguiu derrubar muros e construir pontes. Este momento de saída da Rede, dessa filiação democrática transitória de Marina e outros pares que estavam no PSB, ela se dá de forma natural porque já era prevista pelo PSB e por nós, então eu diria que é um rito normal que estaria próximo e aconteceu agora”, comenta Gomes.

A respeito e de uma possível participação direta de Marina Silva nas eleições de 2016, Gomes é claro: “Marina não será candidata em 2016” – o que segundo ele, não a faz distante do cenário político.

“A gente vive uma crise econômica que começa a deteriorar as nossas conquistas sociais e trabalhistas, inclusive as próprias conquistas econômicas. O que a Marina se propõe, independente de candidatura, é contribuir no espaço onde ela está e da forma que ela consegue, intervir e incidir socialmente e politicamente”, finaliza.

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