Bolívia e Peru têm 71 brasileiros presos por tráfico de drogas , informa Ministério

Dois países que estão na fronteira com o Acre, e considerados os maiores produtores de drogas do mundo, a Bolívia e o Peru tem ao menos 71 brasileiros presos por tráfico internacional de entorpecentes. Estes são os dados oficiais revelados pelo Ministério das Relações Exteriores. Eles surgem após a repercussão da possível execução da pena de morte de Marco Archer Cardoso, preso na Indonésia por tráfico.

Dois países que estão na fronteira com o Acre, e considerados os maiores produtores de drogas do mundo, a Bolívia e o Peru tem ao menos 71 brasileiros presos/Foto: Divulgação
Não se sabe ao certo o Estado natal destes brasileiros, mas a tendência é que a maioria seja das regiões de fronteira com estas nações, como Acre, Mato Grosso e Rondônia, além do Amazonas. Na cidade de Cobija, capital do departamento boliviano de Pando, alguns brasileiros cumprem pena por delitos como o tráfico. Cobija é limítrofe à acreana Brasileia.

Em 2011 uma rebelião no presídio local chamou a atenção do Brasil pela forma cruel como os detentos brasileiros foram torturados e mortos por seus colegas bolivianos. Por ser vizinho destes grandes produtores de droga, o Acre é uma das rotas para o tráfico internacional. Sem muitas opções de inclusão social, jovens acreanos são atraídos pelo tráfico para atuarem como “mulas”, buscando o entorpecente do outro lado da fronteira.

Pela Bolívia a fronteira seca e com pouca fiscalização facilita a entrada e saída dos traficantes. A Rodovia Interoceânica também passou a ser usada pelos criminosos para as drogas vindas do Peru. Na parte mais ocidental os rios e “varadouros” em mata fechada são usados para transportar entorpecente aos grandes mercados consumidores do Brasil e do mundo.

Segundo o Itamaraty, os presos por tráfico na América do Sul seguem a seguinte ordem: 128 no Paraguai, 48 na Bolívia, 34 na Argentina, 23 no Peru, 17 na Venezuela, 14 na Colômbia e 12 no Uruguai.

Entre os 3.209 brasileiros em prisões estrangeiras no fim de 2013, os registros mostram que 2.459 são homens, 496 mulheres e 36 transexuais. Os 218 restantes não foram especificados. Apesar de presos, pelo menos 1.421 ainda aguardavam julgamento.

Fabio Pontes
Da Agência ContilNet

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