Por cheia do Madeira, deputado tenta garantir FGTS para acreanos

Deputado acredita que todos os acreanos estão
prejudicados pela cheia do Rio Madeira
(Foto: Reprodução/TV Acre)
Devido à cheia do Rio Madeira, em Rondônia, e as dificuldades de tráfego pela BR-364, única via terrestre que liga o Acre ao resto do país, o deputado estadual Moisés Diniz (PC do B) anunciou que pretende acionar a Justiça para que o direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em caso de catástrofes naturais, fosse dado a todos os acreanos. Ele considera que a população está sendo prejudicada pela cheia, sobretudo por causa do aumento nos preços de produtos dos mais diversos setores do comércio.

De acordo com o deputado, um requerimento já foi encaminhado à Caixa Econômica Federal e, por isso, aguarda uma sinalização do governo federal sobre o assunto. Ele diz que, como o FGTS já foi liberado para as pessoas que moram em áreas alagadas de Rondônia e Acre, o direito deve ser estendido a todos.

Diniz afirma ainda que na segunda-feira (14) pretende começar a buscar apoio dos deputados federais e senadores acreanos. Ele vai usar a argumentação de que os preços subiram devido à dificuldade da chegada dos produtos, porém, o salário não aumentou.

"Uma população que é obrigada a ir ao supermercado e comprar um produto 50% mais caro sem ter tido aumento de salário, está tão atingida quanto quem mora em uma área alagada. As pessoas estão com seus salários normais, não teve aumento algum, e estão comprando produtos mais caros. Então, é uma forma do governo brasileiro compensar os trabalhadores do Acre", defende.

Calamidade Pública
O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre no dia 7 de abril. A decisão foi motivada pela cheia histórica do Rio Madeira, em Rondônia (RO), que prejudicou o tráfego na BR-364. O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro.

Entenda o caso
Por conta da cheia histórica do Rio Madeira em Rondônia, o estado do Acre sofreu ao longo do mês de março, com a escassez de alguns produtos, como gêneros alimentícios, gás e combustíveis.

Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e fretados estão trazendo mantimentos para o estado e garantindo o abastecimento de produtos de primeira necessidade, além de medicamentos e itens hospitalares.

Além do setor de produtos alimentícios, o automotivo também está sofrendo com o fechamento da BR-364. Outro setor que ficou comprometido foi o de franquias. Algumas estão sem receber produtos há mais de 60 dias e estão com os lucros comprometidos. Em entrevista ao G1, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina disse que o estado deve levar ao menos três anos para se recuperar dos prejuízos.

Caio Fulgêncio
Do G1 AC

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