O Acre foi um dos estados brasileiros que mais cresceu no índice de desenvolvimento humano medido pelo PNUD, IPEA e fundação João pinheiro. Em 20 anos, a melhoria foi de 64%, passando de 0,402 em 1991, número que remetia o Acre para uma posição de baixo IDH para 0,663, em 2010, um índice de médio desenvolvimento, quase no limite de alto IDH, que é de 0,700. O crescimento foi quase linear em todos os três critérios, renda, longevidade e educação, mostrando o acerto das políticas públicas.
O período de maior crescimento foi entre 2000 e 2010, quando o IDH saltou de 0,517 para 0,671, um aumento de quase 30%. Isso demonstra as ações e os resultados do trabalho dos governos da Frente Popular, que governou o Acre nesses 10 anos e continua a administrar o Estado. Embora esteja em 21º lugar entre os 27 estados, o Acre está na frente de Bahia, Paraíba, Piauí, Pará, Maranhão e Alagoas e quase empatado com Sergipe (IDH 0,665), Pernambuco (IDH 0,673) e Amazonas (IDH 0,674). No critério Renda, que mostra a geração de empregos, o Acre está virtualmente empatado com Pernambuco e Sergipe e ultrapassa o Ceará, 17º colocado. O Acre tem 0,671 neste critério, lembrando que quanto mais perto de 01 (um), maior é a qualidade do indicador.
Governador aponta acertos da política de desenvolvimento
O governador Tião Viana disse ontem que o resultado da pesquisa do PNUD mostra o acerto das políticas de desenvolvimento nesses 14 anos de governo da Frente popular e tem certeza de que, se a pesquisa englobasse até o ano de 2013 (o indicados tem dados até 2010), o Acre teria ultrapassado mais duas ou três posições, pelos investimentos que estão sendo feitos. A credita que na pesquisa de 2020, quando os programas em execução como a piscicultura, fruticultura, microcrédito, os investimentos em saúde e urbanismo estiverem concretizados, a situação será ainda melhor.
Tião Viana disse que só nesses dois anos e meio de governo, 48 mil pessoas deixaram a faixa de pobreza extrema no Acre, reconhecendo que ainda faltam cerca de 60 mil. Para estes, um trabalho de apoio e criação de oportunidades está sendo feito incessantemente pelo governo. A inclusão social, o combate á pobreza e á fome, as melhores condições de vida, para o governador, são a marca da frente popular, que se refletem nos resultados mostrados pelo Índice de desenvolvimento humano.
Rio Branco é destaque em avaliações
Em vinte anos, Rio Branco teve um crescimento de 49% em seu índice de desenvolvimento humano, passando de 0,485 para 0,727, de uma avaliação de baixo desenvolvimento para alto, segundo os padrões da pesquisa PNUD/IPEA. Entre 2000 e 2010, o IDHM passou de 0,591 em 2000 para 0,727 em 2010 - uma taxa de crescimento de 23,01%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 33,25% entre 2000 e 2010. A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Rio Branco reduziu 21%, passando de 25,5 por mil nascidos vivos em 2000 para 20,0 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 23,0 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente. A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Rio Branco, a esperança de vida ao nascer aumentou 6,8 anos nas últimas duas décadas, passando de 66,0 anos em 1991 para 68,4 anos em 2000, e para 72,9 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 71,6 anos e, para o país, de 73,9 anos.
No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 41,04% e no de período 1991 e 2000, 81,68%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 50,19% entre 2000 e 2010 e 73,74% entre 1991 e 2000.
A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 89,80% no período de 2000 a 2010 e 104,84% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 128,62% entre 2000 e 2010 e 134,13% entre 1991 e 2000. A renda per capita média de Rio Branco cresceu 70,36% nas últimas duas décadas, passando de R$437,12 em 1991 para R$527,43 em 2000 e R$744,67 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 20,66% no primeiro período e 41,19% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 13,01% em 1991 para 10,59% em 2000 e para 4,85% em 2010.
A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,60 em 1991 para 0,61 em 2000 e para 0,59 em 2010.
O prefeito Marcus Alexandre também constatou que o trabalho desenvolvido pelo PT e a Frente popular foi fundamental para o alcance desses números de qualidade e que os esforços continuam sendo feitos, com ainda maior ênfase para promover o desenvolvimento com qualidade de vida e inclusão social.
A Tribuna