ACRE: Fazendeiros acusados de exploração sexual de menores são presos pelas Polícias Federal e Civil.

Os pecuaristas Assuero Doca Veronez, 62, e Adalho Cordeiro Araújo, 79, foram presos na manhã desta sexta-feira, 2, acusados de usar de forma reiterada uma rede de aliciadores menores de 18 (dezoito) anos, para exploração sexual.

As prisões ocorreram no início desta manhã, em ação simultânea, das polícias Civil, Federal e do Ministério Público Estadual (MPE), que atua no caso há cerca de quatro meses.

Os dois tiveram as prisões decretadas pelo juiz Romário Divino, em decorrência da continuidade da Operação Delivery, deflagrada no dia 17 de outubro. Assuero Veronez foi conduzido à sede da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (DECCO), pela Polícia Federal.

Adalho Araújo foi preso, em casa, no bairro São Francisco. Os envolvidos prestaram esclarecimentos na DECCO, depois dos procedimentos na delegacia realizaram exames de corpo de delito no IML, em seguida encaminhados ao presídio do Estado, onde irão aguardar pronunciamento da justiça.

A ação conjunta entre a Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Federal, teve a participação de 21 homens da PF, PC e MP. O delegado Nílton César Boscaro, que comandou as investigações, destacou a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público na execução da Operação Delivery, bem como da Polícia Federal.

A autoridade policial não descarta outras prisões de pessoas envolvidas com exploração sexual e favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes.

Seis pessoas já haviam sido presas suspeitas de integrar a rede de prostituição são: Jardel de Lima Nogueira, 33, Francinei de Oliveira Contreira, 35, Greice Maria Vasconcelos de Almeida, 31, Adriano Macedo Nascimento Filho, 18, Maria José Souza da Silva, 42, e Thiago Celso Andrade, 26, este último teve a prisão relaxada por força de hábeas corpus (HC).

Advogados entram com liminar para pecuaristas responderem o processo de pedofilia em liberdade - Os advogados Emilson Brasil e Gabriel Gomes, responsáveis pela defesa dos pecuaristas Assuero Veronez e Adálio Cordeiro, [acusados de exploração sexual de menores] informaram na tarde desta sexta-feira, 02, que teriam entrado com uma liminar para que seus clientes respondam o processo em liberdade.

Emilson Brasil destacou que neste primeiro momento, “não se discute o mérito do caso, apenas as providencias”, alegando que as prisões teriam como objetivo “escandalizar estas pessoas pela importância que teriam na sociedade”.

Segundo o advogado, não teriam provas nos autos do processo, que comprovem o envolvimento dos dois pecuaristas em crimes de pedofilia. Os advogados esperam que a liminar possa ser apreciada nas próximas horas e que seus clientes sejam liberados para responde as acusações em liberdade.

Juiz que decretou a prisão de Assuero Veronez e Adálio Cordeiro só falará no fechamento do inquérito - O Juiz de Direito Romário Divino Faria, da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco, que expediu os mandados de prisão dos pecuaristas Assuero Veronez e Adálio Cordeio, não estaria em Rio Branco, de acordo com informações da assessoria do TJ Acre.

Segundo ainda, informações da assessoria do TJ Acre, o juiz não vai se pronunciar sobre as prisões dos acusados de envolvimento na exploração sexual de menores, que tiveram os nomes revelados na Operação Delivery, que desarticulou um grupo que agenciava os programas sexuais.

Romário Divino só se pronunciará no fechamento do inquérito, que ainda estaria em andamento e várias pessoas estariam sendo investigadas. Rumores indicam que empresários acrianos e até gestores público teriam envolvimento com a prática de pedofilia, no Estado.

com informações de



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