Depois de longas conversas entre servidores do Judiciário e deputados estaduais, ficou pactuado que na próxima semana será formada uma comissão de deputados, liderada pelo presidente da mesa diretora da Assembleia Legislativa, para conversar com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre sobre a polêmica envolvendo o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores.
O líder do governo na Casa, deputado Moisés Diniz (PC do B), encarregado de mediar as conversas entre os servidores e o legislativo, foi o responsável por anunciar que o parlamento formará a comissão e adiantou que os deputados não votarão o projeto enquanto não houver consenso entre servidores e a presidência da corte judiciária.
“Uma coisa é certa: nós, deputados, não iremos votar o projeto enquanto não houver acordo entre eles”, diz.
Mesmo antes da declaração do líder do governo, os líderes de bancada já haviam declarado apoio aos servidores, afirmando que o plano apresentado pelo TJ desvirtuava completamente as intenções debatidas anteriormente.
Gilberto Diniz, líder do PT do B na Casa, declarou apoio aos servidores e disse que é inaceitável que o direito dos mesmos seja usurpado por planos preparados por patrões.
Eduardo Farias, líder do PC do B na Aleac, afirmou que a decisão do partido é apoiar os servidores. “Como sempre, estaremos juntos dos trabalhadores. Não vai passar nada que não que não seja da concordância dos servidores”, diz.
Os servidores do TJ foram à Aleac protestar contra o PPCR apresentado, que na opinião deles não atendeu às expectativas.
Rangel Araújo, presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, não poupou críticas à presidência do TJ.
“Eu tinha orgulho de trabalhar no Tribunal de Justiça, mas agora eu tenho vergonha. O TJ mudou completamente o plano que havia sido debatido, tiraram todos os direitos dos servidores e isso é inaceitável. Pelo amor de Deus, por favor não aprovem este plano que não é consenso entre os servidores”, apelou. (contilnet.com)