"Accioly, por favor, me arranja um trabalho, eu não aguento mais essa vida".

(Fotos: Eudes Góes

Já não faz muito tempo que esse menino, o "J", chegou pra mim e disse: "Accioly, por favor, me arranja um trabalho, eu não aguento mais essa vida". 

Eu disse a ele num tom de brincadeira que havia dois jovens em sua frente, que seriam minhas prioridades. O Giovanni e a Janaína. Eles são dois jovens que já são formados em nível superior e até agora não consegui empregá-los aqui em Tarauacá. E disse ainda: "J", tu ainda é novo, tem que estudar e largar essa vida de "malandragem" . As coisas já tão difíceis pra que estudou, imagina pra você que não está estudando". E, sempre que encontrava "J", conversava com ele, porém, quando olhava ao seu redor percebia um "ambiente muito complicado". Eu particularmente não me surpreendi muito quando soube da notícia do assassinato. 

No dia 2 de outubro "J" incentivado por um de seus 'amigos'assassinou outro jovem com uma facada no pescoço. Ele vingou o pai que havia tomado um tapa no rosto desferido pela vítima. Conversei com um dos menores "amigos" de "J", e, pasmem, ele me disse: "'J' fez o correto, pois, o cara bateu no pai dele". 

  "J", que é o principal culpado, agora vai para um centro sócio-educativo que, em tese, deve recuperá-lo para voltar ao convívio da sociedade. Ele deve pagar com com a privação de sua liberdade.

O fato é que mais duas famílias tiveram seus sossegos interrompidos por conta da violência que a cada dia povoa a mente de muito dos nossos jovens. 


1 Comentários

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  1. isso nao é justo ele tem que morre tambem pow ! esse cara nao tem mais o que fazer nao a nao ser tirar a vida dos outros ?
    estaomos te eesperando aki fora J se cuida q nos estamos preparados

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