Coordenadores do movimento avaliam atitude do governador, Tião Viana, como truculenta e perseguidora com os militares da segurança pública do estado. Policiais militares e bombeiros apostam no último cartucho que será disparado dia 4 de maio em todo o Estado, caso o Governo mantenha a mesma posição de não querer negociar com a categoria.
As duas corporações vêm tentando uma negociação de melhoria salarial desde janeiro, mas até agora o governo se nega a negociar, segundo os próprios militares. Com todas as tentativas já esgotadas, PMs e Bombeiros prometem radicalizar o movimento a partir desta quarta-feira.
Joelson Dias, que faz parte da organização do movimento, disse que os militares do Acre recebem hoje o sétimo pior salário do País no valor de R$1.863,00 sendo que o salário fixo na carteira não chega a R$ 500,00.
Homes do Corpo de Bombeiros já cogitam suspender o atendimento no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul. O serviço prestado pelos Bombeiros no Aeroporto deveria ser prestado por uma empresa particular e por isso, segundo os militares o governo recebe R$ 80.000 mil reais da INFRAERO para manter uma tropa de combate a incêndio com sete homens diariamente no Aeroporto.
Na manhã desta segunda-feira (2), as duas corporações se reuniram em Cruzeiro do Sul para organizar o evento de protesto que vai acontecer na quarta-feira dia 4 de maio. Durante a reunião, os lideres do movimento foram informados que o governo já entrou com uma liminar na justiça, para proibir a manifestação do militares.
Os coordenadores do movimento disseram ainda que existe outra informação que caso a manifestação aconteça, os lideres serão presos. O núcleo do Sindicato dos Jornalista do Estado do Acre em Cruzeiro do Sul, já se manifestou em apoio aos militares e se colocou à disposição da categoria caso haja qualquer tipo de perseguição por parte do governo contra os lideres do movimento no Juruá. (Tribuna do Juruá)