Escola de Cruzeiro do Sul ganha seguranças armados e paz para professores e alunos

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Depois de muitas invasões, agressões e ameaças de morte que geraram pedidos de transferência de alunos e professores, o governo contratou para a moderna escola estadual de ensino médio, Craveiro Costa, seguranças particulares e intensificou as rondas policiais.
A escola que entrou em funcionamento há 2 anos e 6 meses, está localizada entre os bairros, Telégrafo e Remanso na periferia de Cruzeiro do Sul, onde existem graves problemas de ordem social. Desde que começou a funcionar, vários episódios de violência foram registrados. Atualmente a instituição recebe em torno de 880 alunos, incluindo os programas específicos, quase metade da capacidade total que é de acolher 1500 estudantes. 
Agora que a escola vive uma situação de normalidade, a diretora Maria Iria de Matos Bandeira, que chegou ser ameaçada de morte por um jovem da comunidade onde a escola está localizada, diz que pensou em pedir exoneração. “Mas eu não poderia dizer isso, porque estou tratando com uma instituição e na verdade os problemas vinham de fora da escola. Quando cheguei aqui, tive que negociar com pessoas que pulavam o muro, armavam uma rede e ficam se embalando no ambiente da escola, outros entravam para tomar água gelada. Na verdade são pessoas que não têm acesso a coisas básicas para um ser humano e a escola se tornou uma referência. São jovens sem perspectivas que têm como inspiração vendedores e usuários de droga”, comenta.
Mas as invasões também geraram momentos dramáticos para estudantes e professores. Durante os jogos escolares do ano passado, quando inclusive alunos de outros municípios estavam na quadra da Escola Craveiro Costa, a instituição foi invadida por vinte jovens armados com facas que renderam os estudantes e fugiram levando objetos como: tênis, jóias, relógios e celulares. Em outra invasão, seis vândalos tentaram matar um estudante que também era do bairro e só não conseguiram porque a vítima foi cercada por outros alunos, enquanto o agressor foi imobilizado.
A diretora conta que alguns professores foram trabalhar em outras escolas e muitos estudantes pediram transferência. Depois de várias reuniões, inclusive com o comandante da Polícia Militar e o secretário de segurança pública, o estado contratou seguranças armados que vigiam a escola. Também foram intensificadas as rondas policiais pelas ruas no entorno, medida que segundo a diretora Iria, têm contribuído para a paz dos moradores do local.

 www.tribunadojurua.com - Genival Moura 

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