Os agentes penitenciários começaram ontem um protesto de advertência de 24h, para lembrar a morte do agente Roney Barbosa Vidal (ocorrida há 1 ano) e exigir o cumprimento das exigências da categoria. Entre as reivindicações estão a contratação de 192 agepens do CR do último concurso, distribuição de equipamentos de proteção individual e segurança, implantação de sistema de monitoramento e vídeo dentro dos presídios e reavaliação da carga horária.
O Acre tem em seus quadros 880 agentes penitenciários. Deste total, 560 atuam na Capital. Na manhã desta terça, eles se concentram em frente ao presídio Francisco d’Oliveira Conde, de onde devem sair em carreata até o Centro da cidade. A intenção é entregar aos deputados uma carta, na qual pedem o apoio para conquistar os direitos junto com o relato dos agentes sobre o cotidiano desses profissionais.
O presidente do sindicato dos agentes, Adriano Marques, diz que a instalação de câmeras de vídeo dentro das unidades prisionais é um dos pontos fortes do manifesto. Para ele, o equipamento trará mais segurança aos agentes, aos reeducandos e suas famílias.
“É uma auto-proteção para que não pairem dúvidas sobre os procedimentos usados e uma garantia para os presos”, afirma.
O sindicato exige do governo a mudança na carga horária e folgas. Hoje, os agentes trabalham 12h para folgar 36. Adriano diz que a carga padrão adotada na maioria das penitenciárias brasileiras é de 24 por 72. “Mas para isso é preciso que haja alojamento e instalações dignas para os trabalhadores”.
Em homenagem ao agente Roney Vidal, morto quando saía do trabalho há 1 ano, o sindicato instalou outdoors pela cidade e pede que a polícia aponte e prenda os culpados. “Não sabemos se estão presos. Queremos que seja feita a justiça”. A carreata está prevista para às 8h30.
fonte: a gazeta do acre