Por muito tempo, os estudantes de escolas públicas apresentavam um índice reduzido de inserção nas universidades públicas. Mas, no Acre, esta situação é diferente, pois registrou-se nos últimos anos um crescimento no número de alunos ocupando vagas na Universidade Federal do Acre.
De acordo com dados da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), entraram em 2010, pelo processo seletivo vestibular, 2.100 alunos; destes, 80% são oriundos de instituições públicas. Alguns deles cursou em parte ou integralmente o ensino médio em instituições do Sistema Estadual de Educação.
O Colégio Estadual Barão do Rio Branco, que possui a maior clientela de alunos do Ensino Médio, teve em 2009, 42 alunos aprovados no vestibular da Ufac. Em 2010, foram 62. De acordo com a gestora da escola, Meiry Silva, o crescimento deve-se a um trabalho coletivo realizado pela equipe de professores existentes nas escolas.
“Desenvolvemos o Projeto Orientação Vocacional/Profissional, onde tentamos despertar os alunos para a importância da escolha da profissão e de uma carreira em nível superior. Uma das atividades do projeto é realizar visitas às universidades públicas e particulares, para conhecer a estrutura, funcionamento, cursos oferecidos e perspectivas de ingresso no mercado de trabalho”, explica a gestora.
Dyemison, aluno da Escola Estadual José Rodrigues Leite, é um exemplo de que quando se luta pelos sonhos, eles se tornam realidade. Ele passou no último vestibular da Ufac no curso de medicina com apenas 16 anos. “Estudei o Ensino Médio em escola pública, mas o meu sucesso deve-se a todo esforço coletivo que desenvolvi com a minha família, professores e alunos. Além disso, eu fiz uma programação diferenciada em todos os anos em que me preparei para o vestibular, abdiquei de muitas atividades para me dedicar ao meu objetivo principal”, revela Dyemison.
A vida de Dyemison foi reformulada para conseguir realizar seu grande sonho. Segundo o jovem, ele estudava o 3º ano do Ensino Médio no horário da manhã, à tarde ia para o estágio supervisionado em uma rede bancária e à noite fazia curso pré-vestibular. Nos finais de semana ele fazia uma programação para estudar as disciplinas específicas do curso e as que percebia uma maior dificuldade com o aprendizado. O recado de Dyemison aos estudantes que sonham em entrar em cursos com um nível alto de competição:
“Pratique a leitura como um estilo de vida e não apenas para ter sucesso.”
Outro exemplo de perseverança é o da senhora Maria Cidália da Silva, estudante da Escola Theodolina Falcão Macedo, que com 47 anos foi aprovada no curso de saúde coletiva da Ufac. “Voltei a estudar há cinco anos e decidi que ia fazer um curso superior. Quando retornei aos estudos percebi que a escola pública não é como muitos dizem por aí, a escola pública é boa. Os professores que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos estavam preparados para ensinar pessoas que, como eu, passam o dia trabalhando e à noite têm que ir para aula. Esses educadores utilizaram metodologias que fizeram a aula atrativa e dinâmica”, revela Maria Cidália.
fonte: oestadodoacre.com
Se eu tivesse condições de pagar uma faculdade eu pedia pra ser jubilado daquele lixo. Quem conhece a UFAC sabe do que eu estou falando, é triste ver a degradação de algo tão importante pra nossa sociedade. Veja só o contraste; antes os principais cursos eram formados esmagadoramente por jovens de classe média pois vinha de escolas particulares como: Meta, Santa Maria, anglo, Batista e etc... Hoje com sucateamento da nossa gloriosa UFAC ´so quem poderia ir pra lá são jovens da rede pública como eu.
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