O líder do Governo na Aleac, deputado Moisés Diniz (PCdoB), chegando atrasado à sessão desta terça-feira, 11, explicou que estava reunido com uma comissão de professores em greve tentando uma alternativa para que as negociações sejam retomadas. Ele lembrou que o Governo comunicou o fim das negociações e que ele próprio tomou a iniciativa de convidar os professores para uma reunião em busca de uma solução que contemple, principalmente, o povo, pois da forma como está indo, o movimento vai derrotar os dois lados.
A reunião, de acordo com Moisés, não foi iniciativa da Aleac, nem do Governo, nem do líder do Governo. "Foi iniciativa minha como cidadão, deputado e professor", comentou. O deputado lembrou que a greve já dura 26 dias, dos quais 18 são dias úteis, quase quatro semanas sem aulas. "Durante este período, foram 15 reuniões, reuniões todos os dias e à vezes duas reuniões por dia e não se chegou a um acordo", disse.
O deputado afirmou que existe uma forte pressão da sociedade para que a greve chegue ao fim, pois pais e alunos estão angustiados por um desfecho. Por esta razão, Moisés disse que decidiu dialogar com a categoria, pois conhece os dois lados da mesa de negociação. O problema, segundo ele, é que também falta um acordo interno no movimento, pois até mesmo na questão jurídica há divergências. "Não se sabe qual é a margem que pode ser dada de reposição de perdas salariais", revelou.
O deputado acredita que, sendo um ano eleitoral, este movimento pode resultar em perdas para ambos os lados, por isso a necessidade de encontrar o caminho do meio. Moisés adiantou que os professores iriam se reunir ainda nesta terça-feira em busca de uma posição e procurariam a Aleac novamente para que os parlamentares apoiem a reabertura de um caminho de negociação entre professores e o Governo.
fonte: http://www.oestadoacre.com/