O Departamento de Ações Básicas em Saúde do Acre (Dabs), por meio da Coordenação de DST/Aids, promoveu na manhã de ontem um encontro com os coordenadores municipais e estaduais do Norte para debater e desenvolver ações estratégicas de enfrentamento às doenças sexualmente transmissíveis em toda a região.
De acordo com as informações da Coordenação Estadual de DST/Aids, o número de casos de contaminação pelo vírus HIV na Região Norte tem se apresentado de forma crescente. No Estado já são mais de 480 pessoas diagnosticadas como portadoras do vírus. Também foi observado que a incidência está saindo do perímetro urbano para o interior.
Há pelo menos um caso confirmado de HIV em cada município acreano. É o que afirma a Coordenação estadual de divisão de DST/Aids, segundo a qual o aumento no número de casos tem atingido a população feminina com faixa etária entre 15 e 29 anos e de classes sociais baixas.
“A doença não escolhe a vítima, porém a maior ocorrência dos casos estava nas classes mais favorecidas. Nos últimos anos esse quadro tem mudado, pois, além do crescente número de casos na região, foi observado que a ocorrência está se interiorizando. No acre mais de 70% dos municípios tem casos confirmados de AIDS, principalmente entre as jovens”, destaca.
Francimeire argumenta ainda que na oportunidade os profissionais realizam uma troca de experiência a respeito das ações efetivas que trouxeram êxito ao trabalho de combate à doença. “Vamos discutir as políticas de enfrentamento à epidemia na Região Norte, identificado as ações prioritárias e as correções que são necessárias para o fortalecimento do trabalho”, diz.
Para a coordenadora de DST do Estado de Roraima, Lucia Helena Cardoso, essa é uma oportunidade de os profissionais pensarem nas ações de uma forma mais ampla. Ela afirma que o fluxo e a proximidade entre os Estados favorece a incidência crescente dos casos.
“Não posso pensar apenas no controle da doença no meu Estado. A situação é ampla, temos que, além de discutir ações locais, construir atividades integradas de esforço mútuo, pois a doença não obedece fronteira. As campanhas de conscientização e educação sobre a contaminação da doença ainda são o recurso de prevenção mais eficaz e nós vamos fortalecer ainda mais esse trabalho”, conclui.