Todos os especialistas são unânimes num ponto: escolha os ovos de Páscoa à base de chocolate amargo, por serem menos gordurosos, diminuírem a compulsão por doces e serem ricos em antioxidantes, que retardam o envelhecimento
Com a proximidade da Páscoa, quem passa o ano inteiro lutando contra a balança fica com medo de pôr tudo a perder. Resistir a ovos de Páscoa, bolos, almoços deliciosos é mesmo para muitos poucos. Mas há sempre o meio do caminho entre se chutar o balde ou evitar absolutamente tudo que engorda. E o meio do caminho significa escolher ovos menos "engordativos", optar por pratos menos calóricos no domingão da Páscoa ( confira as receitas de nutricionistas e dos Vigilantes do Peso de pratos e de ovos para a Semana Santa ) e compensar reduzindo as calorias ou malhando mais depois.
Confira a tabela de calorias dos ovos de Páscoa
Todos os especialistas são unânimes num ponto: escolha os ovos de Páscoa à base de chocolate amargo, por serem menos gordurosos, diminuírem a compulsão por doces e serem ricos em antioxidantes, que retardam o envelhecimento. Roberta Silva, nutricionista do CyberDiet, dá outras dicas para escolher o ovo:
- Opte pelo chocolate ao leite, com recheio de frutas, com flocos de arroz, com soja, ao invés do chocolate branco, dos recheados com amendoim, castanha de caju e outros tipos muito calóricos.
Segundo a nutricionista, o segredo é controlar a quantidade:
- Não exagere! Consuma um pedaço pequeno, de no máximo 50 gramas. E o chocolate que sobrar guarde para consumi-lo aos poucos.
A nutróloga Luciana Carneiro, membro da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e da Abeso (Associação Brasileira paro o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), chama a atenção para o chocolate diet, não recomendado.
- Eles só devem ser consumidos por quem tem alguma restrição ao açúcar, como os diabéticos.A palavra 'diet' do chocolate dá, muitas vezes, uma conotação de que ele é pouco calórico. Mas a troca do açúcar por adoçantes no momento da fabricação modifica em grande parte a textura do alimento. Para conseguir a textura habitual, os fabricantes acabam adicionando mais gordura - alerta.
Já para o almoço em família, o bacalhau é a escolha mais saudável e menos calórica. Segundo a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, além de saboroso, o peixe é de fácil digestão:
- O bacalhau ajuda no desenvolvimento e manutenção do sistema imunológico, contribuindo para a redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Além disso, atua como antiinflamatório, reduz o risco de doenças cardiovasculares e fortalece os ossos. Como quase todos os alimentos, contudo, tem algumas restrições: pacientes hipertensos devem consumir apenas versões dessalgadas.
Agora, se a intenção é comer tudo o que se tem pela frente, a professora de nutrição Cíntia Curioni, da Faculdade Arthur Sá Earp Neto, trata de tirar a culpa dos gulosos ( confira o programa de exercícios para compensar a gula de Eduardo Netto, da A! Body Tech ).
- Não há problema em cometer alguns excessos por um ou dois dias, se depois a pessoa mantiver uma alimentação equilibrada, consumindo, diariamente, frutas, verduras e legumes, fazendo quatro ou cinco refeições equilibradas diariamente e evitando frituras, doces e refrigerantes - garante.
Ela diz que os pais também devem ficar de olho nos filhos:
- Às vezes, as crianças ganham dez, quinze ovos de Páscoa, e não existe condições de consumir essa grande quantidade de forma saudável e equilibrada. O ideal é que haja um consumo fracionado em doses de no máximo 30 gramas por dia.
Fonte:
O Globo