O assunto que trato hoje neste blog não refere-se à criminosos de colarinho branco que roubam milhões do povo em atos de corrupção e que em sua grande maioria passam longe das cadeias.
Escrevo hoje sobre preso pobre, que a polícia prende diariamente, e a justiça manda aos presídios. Estes que são transportados aos montes em carros do estado em direção aos presídios.
Estes criminosos que segundo a lei deveriam ser ressocializados e novamente reintegrados a sociedade depois de cumprida a pena. Alguém acredita que isso aconteça?
O Instituto de Administração Penitenciárias em Tarauacá que administra o presídio Moacir Prado desenvolve um projeto social com objetivo de reintegrar à sociedade os presos egressos do regime fechado e que se encontram atualmente no semi-aberto.
O Instituto buscou parcerias com redes institucionais como a Prefeitura Municipal de Tarauacá, o SEBRAE, o Poder Judiciário da Comarca Local e a Radio Comunitária Nova Era Fm.
O Projeto oferece oportunidade a 40 (quarenta) apenados recém saídos do regime fechado com objetivo de que eles tenham sua dignidade resgatada através do trabalho em diversas atividades oferecidas pela Prefeitura local. Operação tapa buraco, pintura de prédios municipais, reforma de praças e outros serviços.
Além dos administradores dessas entidades públicas, o projeto conta com o empenho e os esforços dos Agentes Públicos do quadro de pessoal da Unidade Penitenciária “Moacir Prado”. São eles: o Técnico Agrícola Fredson Freire, as Assistentes Sociais Taiana de Lima Ramos e Sandra Maria F. de Souza, Advogada Juliana Marques de Lima e a da Pedagoga Luciana F. da Silva.
Durante o período de carnaval tivemos 06 (seis) reeducandos prestando serviço. Os apenados foram selecionados por critérios minuciosos e rígidos, que exigiu um grande cuidado por parte dos servidores do Sistema Penitenciário.
Os detentos do Regime Semi-Aberto escolhidos para trabalharem na semana do carnaval são: Antônio Marcondes da Conceição, Juciano Cavalcante da Silva, Valcélio da Silva Araújo, José da Cruz da Silva Amorim, Francisco das Chagas Dourado e José Francisco de Souza Maia. Os mesmos foram remunerados pela quantia pecuniária de R$ 80,00 (Oitenta Reais) referente aos cinco dias trabalhados na limpeza da Via Urbana utilizada no Carnaval.
Essa iniciativa deve ser observada e merece todo apoio da nossa sociedade. É um passo importante na ressocialização dos apenados para que os mesmos possam ser reintegrados ao nosso convívio social..