Os policiais se reuniram na manhã de ontem no colégio Armando Nogueira para debater a reestruturação da Polícia Civil. Na pauta, estava a reivindicação da criação de um seguro de vida, a manutenção do porte de arma e a redução da carga horária.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Maurício Buriti, desde agosto a entidade tentava ter acesso às novas normas, mas apenas no último mês a proposta foi liberada para a categoria.
“Tivemos apenas dez dias para apresentar nossas reivindicações, reforçando que além de termos deveres precisamos de direitos, o que não estava sendo garantido”, afirmou o sindicalista.
Buriti apresentou as novas normas para os colegas e aproveitou para criticar a manutenção da possibilidade de cassação da aposentadoria do policial em caso de condenação judicial.
“Essa regra representa uma dupla punição ao trabalhador, o que é inconstitucional. O nosso diretor que estudou Direito tantos anos deveria saber disso, por isso exigimos a retirada desse item”, atacou o presidente do sindicato.
Buriti explicou que as propostas aprovadas pela categoria serão anexadas no projeto de lei que será encaminhado a Assembléia Legislativa para a votação até o dia 15.
Crítica à terceirização
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Maurício Buriti, aproveitou a assembléia realizada na manhã de ontem para afirmar que entrará em contato com sindicatos de outros Estados para buscar apoio contra a terceirização do atendimento nas delegacias.
Para o sindicalista, o Estado deveria abrir novo concurso público para contratar servidores suficientes.
“A Justiça condenou até o Ministério do Trabalho por utilizar pessoal terceirizado, então não podemos permitir que isso ocorra em nossas delegacias, por isso buscarei apoio de nossos colegas em Brasília”, informou Buriti.(Freud Antunes)
FONTE: A Tribuna