As críticas feitas por alguns líderes de igrejas evangélicas levaram o líder do governo, deputado Moisés Diniz (PC do B), a pedir que o governo do Estado não sancione o projeto para evitar conflitos.
De acordo com o parlamentar nunca foi objetivo dele fomentar a ira de nenhum segmento da sociedade, pelo contrário, a intenção era justamente ensinar a sociedade a respeitar a pluralidade.
Diniz disse que quando lançou o projeto sabia que ele tratava de um tema extremamente delicado, mas esperava maturidade para que fosse compreendido. O parlamentar agradeceu os 15 votos favoráveis obtidos pela matéria e disse que reconhece a grandeza dos parlamentares que votaram contra por não terem ido à imprensa para expressar suas críticas.
Apesar do problema o parlamentar acredita que no futuro poderá apresentá-lo novamente, dessa vez sem reações negativas. “Do fundo do meu coração quero dizer que esse projeto entrou em um momento que não foi propício e para evitar que um preconceito gere outro preconceito e mais conflito decidi retirá-lo, pois o confronto não ajuda evangélicos e não ajuda homossexuais”.
Relator do projeto, o deputado Luiz Calixto (PSL) também se manifestou em defesa de Diniz e do projeto. O parlamentar disse que não entendeu às críticas feitas pelas lideranças evangélicas já que não há em parte alguma da matéria menção a realização de palestras em escolas sobre homossexualidade.
Calixto disse ainda temer que reações tão abruptas possam ser indícios de fundamentalismo prejudicial ao desenvolvimento do Estado. “O deputado Moisés está sendo injustiçado por alguns políticos já que em lugar algum do projeto há algo que fira os dogmas e preceitos das igrejas. Ele queria apenas uma lei que combatesse o preconceito e acho que como pessoas formadoras de opinião temos de evitar debates de forma fundamentalista. Tenho medo que daqui a alguns dias se alguém fizer um projeto de lei homenageando judeus vão querer vetar também por eles não acreditarem em Jesus Cristo. Hitler tentou fazer isso ao tentar eliminar negros, judeus, homossexuais e vimos o desastre que ocorreu. Agora o que nós queremos é apenas a convivência harmoniosa entre todos os segmentos da sociedade”.
fonte: Agência Aleac