ELEIÇÃO 2010: Tião, Jorge e Marina lideram pesquisa de intenção de voto

FABIO PONTES

Se as eleições para governador do Acre fossem hoje, o senador petista Tião Viana teria 54% dos votos válidos. O segundo lugar seria disputado voto a voto entre o tucano Tião Bocalom (19%) e o peemedebista Rodrigo Pinto (18%). Esse é um dos cenários da pesquisa de opinião pública Eleições 2010 da Agência Delta, encomendada por A GAZETA. Entre terça e sexta-feira da semana passada, 406 eleitores de Rio Branco foram ouvidos para saber como votarão no pleito do ano que vem.

A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança estimado em 95%. Caso o governador Binho Marques fosse candidato a reeleição em 2010, ele receberia 41% dos votos dos rio-branquenses. Com o atual chefe na disputa, as candidaturas do PSDB e do PMDB ficariam em um empate técnico de 23%. Com Binho como candidato, o Partido dos Trabalhadores teria que enfrentar um segundo turno para garantir sua permanência no Palácio Rio Branco.

Para Francimar Façanha, da Agência Delta, independentemente do candidato governista os acreanos terão um segundo turno para escolher seu representante maior. “O governo tem uma vantagem, mas ela não é tão confiável. Será preciso disputar voto por voto”, diz ele. Façanha lembra, ainda, que a pesquisa foi realizada somente em Rio Branco, que é o maior colégio eleitoral do Acre.

Na análise dele o interior, principalmente o Vale do Juruá, terá um peso decisivo nas Eleições de 2010. “Quando somam-se as intenções de votos dos dois candidatos da oposição se chega a quase 40%, mais os indecisos. Não sei como o eleitorado do interior vai se comportar, em particular no Juruá ondeo PT tem rejeição”, afirma o pesquisador. Além disso, completa ele, a pesquisa não levou em consideração os impactos eleitorais causados pela saída da senadora Marina Silva do Partido dos Trabalhadores.

Para Façanha, cedo ou tarde os Verdes do Acre sairão da Frente Popular para ter palanque próprio por conta da intenção de votos dada à senadora acreana na sucessão presidencial (leia matéria abaixo). “Com a Marina sendo bem votada em todo Acre o Partido Verde não perderá a oportunidade de ter um candidato a governador, senador e a eleger sua bancada”.

Uma das surpresas na pesquisa sobre a sucessão de Binho Marques é o bom desempenho do vereador peemedebista Rodrigo Pinto. Segundo Façanha, caso haja um segundo turno, o mais certo é que seja entre PT e PMDB. “O Bocalom já disputou duas eleições majoritárias no Acre [uma em 2006 para governo e em 2008 para prefeitura da Capital] e o máximo que ele atingiu foi 23% dos votos. Pouco mais de quatro meses de o PMDB anunciar a candidatura de Pinto, ele aparece com 18%”, comenta Façanha.

Em um cenário formado pela Agência Delta numa disputa entre Tião Viana e Rodrigo Pinto, o petista receberia 61% dos votos e seu adversário 29%. Caso a disputa ficasse entre Binho Marques e o vereador da Capital, o chefe do Palácio Rio Branco ficaria com 48% e Pinto 36%. A pesquisa também avaliou o índice de rejeição dos principais candidatos ao Palácio Rio Branco.

O tucano Tião Bocalom não receberia os votos de 28% do eleitorado rio-branquense. Em seguida vem Rodrigo Pinto (19%), Binho Marques (14%) e Tião Viana (12%).
Na disputa pelo Senado, Jorge e Perpétua lideram
A Agência Delta também quis saber em quem o eleitor votará para o Senado em 2010, quando estarão sendo disputadas duas cadeiras. Na pesquisa induzida, o ex-governador Jorge Viana lidera as intenções de voto com 71%. Logo abaixo dele está a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), com 60%. Entre os candidatos da oposição, o que aparece melhor posicionado é o ex-deputado federal peemedebista João Correia (14%).

Ele está à frente, inclusive, de seu colega de partido, o senador Geraldo Mesquita Jú-nior. O tucano Fernando Lage tem apenas 4%. Do cenário pela disputa no Senado, Façanha levou em consideração apenas a dupla Jorge e Perpétua. Como a Frente Popular ainda não definiu de qual partido será a segunda cadeira, fica-se somente com especulações. Mas uma coisa é certa: uma das vagas é dos petistas. A outra é disputada também pelo próprio PT, pelo PCdoB e o PP, partido do vice-governador César Messias.

Mas para Francimar Façanha não resta dúvidas: seja qual for o outro candidato da Frente Popular ele será eleito pela popularidade e aceitação de Jorge Viana. “São votos conjuntos”. Essa mesma experiência a Frente Popular teve em 2002, quando a coligação reelegeu a senadora Marina Silva, e levou consigo o então desconhecido Geraldo Mesquita Júnior, que anos depois se rebelou e foi para a oposição.

É Geraldinho, aliás, quem lidera o índice de rejeição para o Senado. Cerca de 19% dos rio-branquenses não o reconduziriam ao Senado Federal. Já a rejeição à Jorge Viana e à Perpétua Almeida chega a 9% e 8%, respectivamente.
No Acre, Marina Silva bate Serra e Dilma Rousseff
Se o Acre tivesse poder de decidir o futuro presidente do Brasil, não restaria dúvidas. Pela primeira vez em mais de 500 anos, o país teria uma presidente, e, acima de tudo, acreana. Se as eleições presidenciais fossem hoje, a senadora Marina Silva (PV) receberia 52% dos votos do eleitorado rio-branquense. Uma vantagem bem superior ao segundo colocado, o governador paulista José Serra (PSDB), com 20%.

Com 11% das pretensões, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) está em terceiro lugar. Logo após vem a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) – 5%. E a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff? Bem, no Acre ele receberia apenas 1,7% dos votos. “No Estado ninguém ganha da Marina Silva. Ela é uma acreana candidata à Presidência da República, e o acreano é muito barrista”, diz Façanha.

“Caso a Marina consolide sua candidatura, a da ministra Dilma Rousseff vai naufragar. Isso pode levar a própria senadora ou o Ciro Gomes para o segundo turno com o Serra. O PT nacional vai ter que buscar outro nome para a sucessão de Lula”, pondera. O índice de rejeição por parte dos acreanos ao nome de Dilma Rousseff chega a 20%, o de José Serra 14% e da senadora Marina 11%.
No cenário onde o candidato do PSDB fosse o governador mineiro Aécio Neves, a vantagem de Marina Silva seria de 59%, contra 18% de Ciro Gomes e 1% de Dilma. (F.P.)

FONTE: A GAZETA
Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

1 Comentários

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  1. É meus amigos a Éra Binho Marques, ou melhor, a Éra de perseguição e de autoritarismo pode está chegando ao fim. Amigos petistas se vocês não pretenderem acabar com a hegemonia do PT no Acre retirem esse tal de Binho do poder pois ele é altamente prejudicial ao bom andamento do nosso PT. Esse governo tem demonstrado pouco diálogo e muita repressão. O que ele diz é palavra de ditador, é uma pessoa "emburrada", não dialoga, não tem humildade, não aprendeu nada com o Jorge Viana (homem humilde e inteligente), por isso não serve para ser representante do povo acreano. Desconfia Binho, abre vaga. Como secretáio certamenbte você foi menos ruim.

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