Veja como proteger as crianças de pedófilos

Beatriz Thielmann   
15-Mai-2009

Psicóloga ensina sete passos para afastar as crianças do assédio sexual na internet.


Perplexidade e indignação. Quanto mais denúncias maior o medo dos pais. Os próprios estudiosos garantem que o abusador não tem um perfil definido: pode sentir atração sexual apenas por crianças, pode ser casado, ter filhos, ser bom vizinho, alguém que age de acordo com a oportunidade. Então, o que fazer? 

"Quanto mais aberto for o relacionamento dos pais com os filhos, qualquer reação diferente vai ser percebida. Então, os pais vão começar a puxar isso e a querer saber por quê", diz a nadadora Joanna Maranhão. 

"Mudança de comportamento e uma sexualidade aflorada demais às vezes são algumas formas que a criança ou adolescente tem para dizer que alguma coisa errada está acontecendo", diz a delegada Simone Machado. 

A escola pode ter algum papel na prevenção dos abusos sexuais? 

"A escola precisa estabelecer uma discussão ampla sobre isso. Porém, essa orientação não pode ficar apenas a cargo da escola. É preciso que os pais se informem e, junto com a escola, estabeleçam uma parceria no sentido de ampliar o conhecimento e, consequentemente, a proteção dessas crianças", orienta a psicóloga Jane Felipe, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

A condenação que o abusador merece é um debate que envolve juristas, psiquiatras, terapeutas. Pela primeira vez no Brasil, três homens condenados por este crime estão cumprindo a pena de uma maneira diferente. 

Há dez meses a Justiça do município de Guarabira, no interior da Paraíba, instituiu um tratamento diferenciado para três presos condenados a seis e sete anos por pedofilia. Eles já cumpriram parte da pena, podem trabalhar fora, mas monitorados eletronicamente. 

Eles estão entre os 13 condenados que usam uma tornezeleira: um equipamento especial de alta precisão. Caso se afastem do trabalho, um alarme é disparado em uma central de monitoramento. 

"Nossa legislação adota o sistema progressivo da pena. Então, mais cedo ou mais tarde, o preso vai voltar à sociedade. A ideia é, desde já, experimentar o preso condenado por pedofilia dentro do monitoramento eletrônico porque mais cedo ou mais tarde ele vai voltar à sociedade", adianta o juiz Bruno Azevedo. 

E a sociedade está pronta para enfrentar tantas denúncias? A CPI do Senado que investiga o abuso sexual revela um dado alarmante: o Brasil é um dos países com o maior número de crimes de pedofilia pela internet. 

"Muitos pais e muitas mães não têm noção do que os seus filhos e filhas fazem diante do computador", diz Jane Felipe. A psicóloga aponta sete dicas que os pais devem observar: 

1 - Orientar os filhos para que saibam quando um adulto se aproxima de forma inconveniente. 

2 - Dominar os mistérios do computador e da internet. 

3 - Evitar câmeras de internet no quarto das crianças. 

4 - Instalar o computador em um lugar da casa onde todos circulam. 

5 - Observar se a criança diminui a tela quando os pais se aproximam. 

6 - Orientar os filhos sobre sites duvidosos. 

7 - Evitar que as crianças coloquem suas imagens e informações pessoais na rede. 

"Não é possível que as crianças passem todo o tempo ou a noite inteira diante de uma tela de computador. Os pais precisam ter um certo rigor", aconselha a psicóloga. 

Fonte: Ecos da Notícia

Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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