Um falso padre que se fazia passar por vigário da Paróquia de Manuel Urbano aplicou um golpe contra a comunidade de Santa Luiza, da Igreja Católica no conjunto Adalberto Sena, sob a alegação que precisava de dinheiro para viajar com duas filhas gravemente enfermas.
Bernardino Furtado, de 61 anos, natural de Guajará-Mirim, Estado de Rondônia foi denunciado no dia de ontem na 5ª Regional por membros da Igreja Católica que o detiveram quando este tentava fugir de ônibus. Interrogado pelo delegado Ariosto Miguéis Filho foi indiciado criminalmente por estelionato.
O golpe
Há cerca de duas semanas Bernardino Furtado estava na Igreja de Santa Luzia, no conjunto Adalberto Sena, onde em conversa com o coordenador da paróquia José Adailson de Araújo Santiago, disse que estava precisando de ajuda para levar duas filhas enfermas ao Hospital Universitário de Campinas.
Afirmando ter sido por muito tempo vigário da Paróquia do município de Manuel Urbano, Bernardino disse que morava na zona rural e no mês passado quando de um temporal sua esposa foi atingida e morta por um raio. Segundo ele suas duas filhas menores também foram atingidas e ficaram gravemente enfermas.
O coordenador disse que precisava consultar a comunidade para obter ajuda. Uma carta deixada por Bernardino teria sido deixada e ao ser lida pelo vigário da paróquia de Santa Luzia quando de uma missa dominical deixou todos emocionados e muita gente chegou a chorar diante do drama do suposto padre.
Um dos membros da Igreja descobriu que Bernardino Furtado era na realidade um tremendo picareta e comunicou ao coordenador. Na manhã de ontem o espertalhão fugiu em um ônibus quando nas proximidades da Vila Custódio Freire foi alcançado e levado para a 4ª Regional.
A polícia acredita que o falso religioso tenha aplicado o mesmo golpe contra outras comunidades da Igreja Católica. Em seu depoimento ele negou que tivesse a intenção de enganar a boa fé das pessoas. "Estava passando por necessidades, por isso procurei a Igreja para obter ajuda". Disse. Ele se apossou de 700 Reais, cujo dinheiro já havia gastado quando da detenção.
Fonte:Jornal A Tribuna