Cleber Borges
O diretor-presidente do Deracre (Departamento de Estradas de Rodagens do Acre), Marcos Alexandre, disse ontem que as transportadoras, cooperativas, empresas de ônibus e os caminhoneiros devem se preparar para interromper as viagens do Vale do Acre para o Vale do Juruá, e vice-versa, no domingo, dia 25. Ele advertiu que, depois dessa data, as máquinas do Deracre vão permanecer entre os municípios de Sena Madureira e Feijó apenas para garantir o tráfego de veículos leves até novembro.
Nesta entrevista, o diretor faz também um balanço da movimentação deste ano na estrada, analisa o cronograma de obras e assegura que, em 2010, a BR-364 estará definitivamente com o tráfego aberto. Confira.
A GAZETA - A partir da próxima semana, quando a estrada for fechada, como ficará a comunidade cruzeirense e dos municípios vizinhos do Vale do Juruá?
Marcos Alexandre - Bem melhor que nos anos anteriores. Este ano, até setembro, foram feitas 2.100 viagens pela estrada. Em 2007, os veículos leves e pesados transportaram 37 mil toneladas de alimentos, máquinas, equipamentos e outros tipos de insumos para o Vale do Juruá e, neste ano, mais de 50 mil toneladas.
A GAZETA - Atualmente, qual é o trecho com o maior volume de obras?
Marcos Alexandre - Entre os municípios de Sena Madureira e Feijó. Esse trecho não é apenas o mais difícil como também é o mais caro da BR. No momento, estamos construindo galerias, bueiros e pontes. Próximo à Sena, no início do ano, terminamos a que fizemos em tempo recorde sobre o Rio Caeté. Esse trecho já está sendo asfaltado. De Feijó voltando para Rio Branco, também estamos pavimentando um trecho de 20 km entre aquele município e a ponte sobre o Rio Jurupari. Essas obras deverão estar concluí-das até o final de novembro. Além das obras de arte, temos hoje em construção mil metros de pontes entre Sena e Feijó.
A GAZETA - E a expectativa para 2009 e 2010?
Marcos Alexandre - Para o próximo ano, nossa meta é avançar a pavimentação de Sena Madureira em direção à Manuel Urbano e, de Manuel Urbano, avançar mais 20 quilômetros até o Rio Purus. A cada ano, a trafegabilidade melhora mais. Em 2010, acreditamos que não haverá necessidade de fechar mais a estrada. A BR-364 é sinônimo de desafio. É uma epopéia na qual o Governo do Estado está envidando todos os esforços de trabalho, aliando a técnica da moderna engenharia com os conhecimentos tradicionais para executar uma das obras mais complexas do país.
A GAZETA - E os ramais diretor, como estão? Quais foram os critérios para prio-rizá-los?
Marcos Alexandre - O Deracre é o órgão executor, mas o programa de recuperação de ramais é conduzido por uma comissão estadual do qual faz parte a CUT, CNS, Fetacre, Secretaria de Florestas, Seaprof, Seap e produtores rurais, que ajudaram a elaborar a planilha em reuniões realizadas no início do ano. Cabe ao Deracre executar o trabalho, o controle e a fiscalização, que é muito difícil.
A GAZETA - Quais os ramais que vêm sendo recuperados, neste momento?
Marcos Alexandre - Em Rio Branco, estamos trabalhando com piçarramento nos ramais Palheiros, Jaracura, Carão e o Riozinho do Rola, lá na AC-90. No ano passado, nós trabalhamos na BR-317, próximo ao ramal da Baixa Verde, da Lua e Mediterrâneo. Estamos trabalhando também no ramal da APA do Amapá. Agora, estamos também no ramal do Gurgel, no acesso aos areais, na estrada que dá acesso à lápide de Plácido de Castro, no ramal do Rodo, Belo Jardim, Cacau, Nova Vida, ramal da Zezé e Macarrão.
A GAZETA - Onde mais?
Marcos Alexandre - Este ano, nós estamos priorizando a continuidade dos investimentos na AC-90, talvez a maior concentração de projetos de assentamentos de produtores do município. A AC-90 tinha asfalto até o km 60. Agora, nós estamos levando a pavimentação até o km 90. Fora isso, nós estamos trabalhando em outros ramais em Feijó, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Brasiléia, Assis Brasil, Capixaba, Plácido de Castro, enfim, em 18 dos 22 municípios acreanos.
A GAZETA - O trabalho na estrada para Cruzeiro está beneficiando os produtores?
Marcos Alexandre - O trabalho na BR-364 foi intensificado a partir de 1999, no Governo Jorge Viana. Com o esforço das duas etapas do governo dele, foi possível fazer a união dos municípios de Cruzeiro do Sul a Feijó. No ano passado, nós concluímos o último trecho que faltava. Foi o primeiro inverno da história que Cruzeiro do Sul ficou ligado a Feijó. Então, todos aqueles municípios do Vale do Juruá, cuja população representa 25% dos moradores do Estado, ficaram integrados já no inverno deste ano com a conclusão do asfaltamento do trecho de Tarauacá até ao Rio Liberdade. Este trecho foi entregue no final do ano. Com a estrada concluída, sugerimos que essa região se prepare. Cruzeiro do Sul teve, por exemplo, problemas de abastecimento de carne no passado. Essa produção existe em Tarauacá e Feijó. Isso significa que essas regiões estão com suas economias se complementando e baixando o custo para por fim neste isolamento que, por enquanto, ainda existe no inverno. Na BR, ainda mantemos 1.600 homens e 630 equipamentos pesados trabalhando e uma intensa movimentação de máquinas e caminhões ao longo dos 645 quilômetros da estrada.
FONTE: JORNAL GAZETA
O diretor-presidente do Deracre (Departamento de Estradas de Rodagens do Acre), Marcos Alexandre, disse ontem que as transportadoras, cooperativas, empresas de ônibus e os caminhoneiros devem se preparar para interromper as viagens do Vale do Acre para o Vale do Juruá, e vice-versa, no domingo, dia 25. Ele advertiu que, depois dessa data, as máquinas do Deracre vão permanecer entre os municípios de Sena Madureira e Feijó apenas para garantir o tráfego de veículos leves até novembro.
Nesta entrevista, o diretor faz também um balanço da movimentação deste ano na estrada, analisa o cronograma de obras e assegura que, em 2010, a BR-364 estará definitivamente com o tráfego aberto. Confira.
A GAZETA - A partir da próxima semana, quando a estrada for fechada, como ficará a comunidade cruzeirense e dos municípios vizinhos do Vale do Juruá?
Marcos Alexandre - Bem melhor que nos anos anteriores. Este ano, até setembro, foram feitas 2.100 viagens pela estrada. Em 2007, os veículos leves e pesados transportaram 37 mil toneladas de alimentos, máquinas, equipamentos e outros tipos de insumos para o Vale do Juruá e, neste ano, mais de 50 mil toneladas.
A GAZETA - Atualmente, qual é o trecho com o maior volume de obras?
Marcos Alexandre - Entre os municípios de Sena Madureira e Feijó. Esse trecho não é apenas o mais difícil como também é o mais caro da BR. No momento, estamos construindo galerias, bueiros e pontes. Próximo à Sena, no início do ano, terminamos a que fizemos em tempo recorde sobre o Rio Caeté. Esse trecho já está sendo asfaltado. De Feijó voltando para Rio Branco, também estamos pavimentando um trecho de 20 km entre aquele município e a ponte sobre o Rio Jurupari. Essas obras deverão estar concluí-das até o final de novembro. Além das obras de arte, temos hoje em construção mil metros de pontes entre Sena e Feijó.
A GAZETA - E a expectativa para 2009 e 2010?
Marcos Alexandre - Para o próximo ano, nossa meta é avançar a pavimentação de Sena Madureira em direção à Manuel Urbano e, de Manuel Urbano, avançar mais 20 quilômetros até o Rio Purus. A cada ano, a trafegabilidade melhora mais. Em 2010, acreditamos que não haverá necessidade de fechar mais a estrada. A BR-364 é sinônimo de desafio. É uma epopéia na qual o Governo do Estado está envidando todos os esforços de trabalho, aliando a técnica da moderna engenharia com os conhecimentos tradicionais para executar uma das obras mais complexas do país.
A GAZETA - E os ramais diretor, como estão? Quais foram os critérios para prio-rizá-los?
Marcos Alexandre - O Deracre é o órgão executor, mas o programa de recuperação de ramais é conduzido por uma comissão estadual do qual faz parte a CUT, CNS, Fetacre, Secretaria de Florestas, Seaprof, Seap e produtores rurais, que ajudaram a elaborar a planilha em reuniões realizadas no início do ano. Cabe ao Deracre executar o trabalho, o controle e a fiscalização, que é muito difícil.
A GAZETA - Quais os ramais que vêm sendo recuperados, neste momento?
Marcos Alexandre - Em Rio Branco, estamos trabalhando com piçarramento nos ramais Palheiros, Jaracura, Carão e o Riozinho do Rola, lá na AC-90. No ano passado, nós trabalhamos na BR-317, próximo ao ramal da Baixa Verde, da Lua e Mediterrâneo. Estamos trabalhando também no ramal da APA do Amapá. Agora, estamos também no ramal do Gurgel, no acesso aos areais, na estrada que dá acesso à lápide de Plácido de Castro, no ramal do Rodo, Belo Jardim, Cacau, Nova Vida, ramal da Zezé e Macarrão.
A GAZETA - Onde mais?
Marcos Alexandre - Este ano, nós estamos priorizando a continuidade dos investimentos na AC-90, talvez a maior concentração de projetos de assentamentos de produtores do município. A AC-90 tinha asfalto até o km 60. Agora, nós estamos levando a pavimentação até o km 90. Fora isso, nós estamos trabalhando em outros ramais em Feijó, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Brasiléia, Assis Brasil, Capixaba, Plácido de Castro, enfim, em 18 dos 22 municípios acreanos.
A GAZETA - O trabalho na estrada para Cruzeiro está beneficiando os produtores?
Marcos Alexandre - O trabalho na BR-364 foi intensificado a partir de 1999, no Governo Jorge Viana. Com o esforço das duas etapas do governo dele, foi possível fazer a união dos municípios de Cruzeiro do Sul a Feijó. No ano passado, nós concluímos o último trecho que faltava. Foi o primeiro inverno da história que Cruzeiro do Sul ficou ligado a Feijó. Então, todos aqueles municípios do Vale do Juruá, cuja população representa 25% dos moradores do Estado, ficaram integrados já no inverno deste ano com a conclusão do asfaltamento do trecho de Tarauacá até ao Rio Liberdade. Este trecho foi entregue no final do ano. Com a estrada concluída, sugerimos que essa região se prepare. Cruzeiro do Sul teve, por exemplo, problemas de abastecimento de carne no passado. Essa produção existe em Tarauacá e Feijó. Isso significa que essas regiões estão com suas economias se complementando e baixando o custo para por fim neste isolamento que, por enquanto, ainda existe no inverno. Na BR, ainda mantemos 1.600 homens e 630 equipamentos pesados trabalhando e uma intensa movimentação de máquinas e caminhões ao longo dos 645 quilômetros da estrada.
FONTE: JORNAL GAZETA