“ATIRANDO COM A PÓLVORA DOS OUTROS OU GENTE QUE VALORIZA O QUE PRODUZ?”



Um dia desses ouvi de alguém aqui em Tarauacá a seguinte frase:
“Em Tarauacá nós temos o maior rebanho bovino de toda a região do Juruá, somos maiores em número de cabeça de gado do que a soma de todos os rebanhos dos outros municípios e quem realiza a maior feira agropecuária da região é Cruzeiro do Sul. Eles estão atirando com a nossa pólvora ou é incompetência nossa?”

Estou falando do maior evento da economia cruzeirense que acontece todos os anos na cidade de Cruzeiro do Sul que é a Expo-Juruá.
É uma feira agropecuária que de tudo tem um pouco. Artesãos, pequenos, médios e grande produtores, artistas, comerciantes, empresas de serviços, e obviamente os criadores (pecuaristas).
São vários dias de festa que além da divulgação da cidade e da produção da região, aquece a economia, diverte o povo e, no final, todos ganham com a feira.
Cruzeiro do Sul é conhecida internacionalmente como a terra da farinha e faz jus a esse título. A farinha de Cruzeiro do Sul é de fato a melhor do mundo. O povo cruzeirense decidiu misturar conhecimento popular com tecnologia e deu no que deu.
Já na pecuária não podemos dizer o mesmo. O município não tem toda essa tradição, o rebanho local é pequeno e, portanto, precisa importar gado de Tarauacá para complementar sua atividade.
Fica aqui esse questionamento aos governantes e aos criadores do município:
Tarauacá é a terra do abacaxi grande, da mulher bonita e do maior rebanho bovino da região, porém, esse título não rende benefícios nem para a cidade e nem para o povo tarauacaense.
Raimundo Accioly (professor)
Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

1 Comentários

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  1. Caro amigo Accioly,
    Que bom que você teve a coragem de levantar essa questão da criação bovina em nossa região. Se por um lado rende títulos para a nossa cidade, por outro além de agravar a questão ambiental, sabemos muito bem com quem fica toda a fatia do bolo. Renda. Mas para quem? Basta lembrar os diaristas, que se matam o dia inteiro, para enriquecer os "coronéis da pecuária". Ainda chamam isso de progresso...
    Isaac Melo

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