Contra violência e homofobia, Parada Gay leva cerca de 3 mil pessoas ao centro de Rio Branco

Protestando contra a violência e a homofobia, membros da comunidade gay participaram da 10ª edição da Parada do Orgulho LGBT, realizada neste domingo (28), no Dia Mundial do Orgulho Gay. A concentração começou às 15 horas ao lado do Colégio Aplicação, no Centro da capital. De acordo com a organização, 3 mil pessoas participaram do evento.

Durante o evento, o presidente da Associação de Homossexuais do Acre (AHAC), Germano Marino, anunciou que será realizada a 11ª edição da parada ainda este ano, em novembro.

Marino explicou que os últimos acontecimentos têm feito a sociedade confundir os objetivos das paradas gays, porém, é responsabilidade da AHAC esclarecer à população as lutas da comunidade. Uma das formas dessa luta seria então um número maior de protestos como a Parada LGBT. Durante o percurso do trio elétrico, Marino explicou que a parada deste ano volta com a ideia original de 2005.

“Este ano estamos que nem em 2005, fazendo da nossa parada um movimento de protesto da comunidade homossexual. Esperamos que as pessoas tenham consciência que a parada é um protesto, uma luta, mas também uma alegria, e que elas saibam porque estão participando”, conta o presidente.

Abraçando a diversidade, a engenheira civil Jéssica Laurenti trouxe para participar do evento o filho de quatro anos, que também a acompanha no evento desde os dois anos de idade. Para Laurenti, a homofobia deve ser combatida desde criança.

“Eu acho que tem que combater todo tipo de intolerância e de discriminação, e tem que ensinar desde pequeno. É importante trazê-lo porque tem que acabar de alguma forma a discriminação, a criança tem que aprender desde pequena, e ele também se diverte”, esclarece a mãe.

Vestido de forma exuberante, o estilista Jean Calypso, de 22 anos, conta que já participou de outras duas paradas e este ano veio pedir paz em protesto às mortes aos gays nos últimos tempos.

“É importante para pedir um pouco mais de paz e amor, porque mesmo pedindo paz morreram muitos gays esses anos. É difícil andar na rua com segurança, principalmente homossexuais”, conta Calypso, que também já foi agredido em um caso de homofobia.

Amanda Borges
Da ContilNet Notícias

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