Kassab anuncia apoio a reeleição de Dilma em 2014

O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, anunciou nesta terça-feira (13) apoio "pessoal" à possível candidatura à reeleição da presidente Dilma em 2014. As declarações de Kassab ocorreram após jantar realizado na noite dessa segunda-feira (12) com a Dilma. Segundo o prefeito, na ocasião, além de política também foi tratado a questão da dívida de São Paulo.


"Posso falar por mim, meu sentimento, minha vontade é que nós possamos caminhar em 2014 com a presidenta Dilma e seu projeto de reeleição. É um sentimento pessoal não tenho direito em falar em nome do partido", disse o prefeito que recebeu na manhã de hoje o prêmio Transparência e Fiscalização Pública de 2012, na Câmara dos Deputados.

O prefeito de São Paulo já havia expressado essa posição em entrevista à Folha em julho. Na ocasião ele disse que apoiaria a presidente após as eleições municipais --na disputa para a Prefeitura de São Paulo preferiu ficar do lado de José Serra (PSDB).

Apesar da declaração de apoio à reeleição da petista, Kassab disse que o partido ainda não decidiu formalmente a inserção na base aliada do governo no Congresso.

"Não foi discutido isso. Todos sabem que o partido hoje tem entre seus integrantes alguns que vieram do apoio à candidatura do PSDB, em 2010, como eu. E outros que vieram da candidatura do PT", afirmou.

Sobre uma vaga na Esplanada dos Ministérios, o prefeito disse que enquanto o partido não se reunir e formalizar o apoio à Dilma não teria sentido a legenda ganhar um cargo no primeiro escalão do governo.

"O importante é ter primeiro uma definição do partido em relação o que vamos fazer em 2014. Definido nosso posicionamento, caso seja esse direcionamento feito em relação ao apoio da presidenta, ai seria uma honra muito grande [integrar o governo]", disse o prefeito sem definir uma data para a oficialização do apoio à Dilma.

Segundo integrantes da cúpula do partido ouvido pela Folha, o PSD não deve se posicionar nesse momento sobre o ingresso em um ministério, ficará no aguardo de um convite de Dilma.

Parte da cúpula do PSD defende que o partido deve ser tratado com uma legenda de peso, como o PT e o PMDB, e dessa forma com direito a ministério da "primeira divisão".

Entre as pastas desejadas em 2014 está o de Cidades em razão da grande capilaridade de projetos em âmbito nacional. No entanto, não se descarta para o próximo ano a indicação para a Secretaria de Aviação Civil ou ao futuro ministério de Pequenas e Médias Empresas que já foi aprovado na Câmara e aguarda votação no Senado.

ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
http://www1.folha.uol.com.br

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