A Escola Estadual Instituto São José, em Tarauacá, foi o ponto de partida para a inauguração da nova exposição do artista plástico acreano Ismael Martins Pereira, intitulada “Série: Povos da Floresta”. A mostra, que já atraiu a atenção de estudantes, professores e admiradores da arte regional, seguirá por diversas escolas do município com o propósito de aproximar crianças e adolescentes da cultura amazônica.
A exposição reúne obras que retratam com intensidade a fauna, a flora e os modos de vida da Amazônia, destacando povos indígenas, ribeirinhos e toda a riqueza sociocultural da floresta. Cada tela carrega traços vibrantes e narrativas visuais que exaltam a beleza dos animais, das paisagens e da relação profunda entre as comunidades tradicionais e o meio ambiente.
Segundo Ismael, a proposta é transformar a arte em ponte para o conhecimento, reforçando o valor da identidade local e despertando a consciência ecológica entre os jovens. O projeto, que também será levado para praças públicas, já é considerado um sucesso e deve alcançar milhares de estudantes nas próximas semanas.
A “Série Povos da Floresta” passará por escolas como Rosaura Mourão, Plácido de Castro, João Ribeiro, Rilza Maria Daniel, Tupanir Galdenço, José Augusto de Araújo, Delzuite Barroso, Ensino Médio Djalma da Cunha Batista, IFAC, além da Praça Municipal e Praça Alton Furtado.
Quem é Ismael Martins Pereira?
A arte que nasce da própria floresta
Nascido em uma canoa no Baixo Rio Tarauacá, no coração da Amazônia, Ismael Martins carrega uma história tão autêntica quanto as paisagens que retrata. Filho de Joaquim Pereira, construtor de barcos, e de Aldira Martins, alfaiate, cresceu em meio a artistas manuais, onde aprendeu a valorizar o trabalho feito com as mãos e com a alma.
Sua obra é marcada por forte ligação com a natureza e com a cultura ribeirinha. Ismael retrata com sensibilidade os povos indígenas, os costumes amazônicos e a biodiversidade que resiste ao tempo, transformando suas telas em testemunhos vivos da floresta.
Com a “Série Povos da Floresta”, o artista reafirma sua missão de honrar suas raízes, proteger a memória de seu povo e celebrar a grandeza da Amazônia — não apenas como cenário, mas como fonte inesgotável de vida, identidade e inspiração.
FOTOS: CEDIDAS PELO ARTISTA