Por Raimundo Accioly
Na edição desta sexta-feira do Bom Dia Tarauacá, recebemos as coordenadoras do Leilão do Hospital de Amor em Tarauacá, Waldiane Almeida e Irineida Silva. As duas lideram, pelo sétimo ano consecutivo, uma das ações solidárias mais importantes do município, que arrecada recursos para apoiar o Hospital de Amor, referência no tratamento e prevenção do câncer no Brasil.
A seguir, você confere a entrevista completa.
“O Hospital de Amor salva vidas. E nós fazemos parte dessa missão”
O apresentador Raimundo Accioly iniciou destacando a coragem e dedicação das coordenadoras, que percorrem ramais, varadouros e comunidades rurais em busca de doações para o leilão anual do Hospital de Amor.
“É uma luta bonita, incansável, feita com amor ao próximo”, afirmou.
A ENTREVISTA
Irineida Silva — O convite para o leilão
Irineida Silva:
“Quero agradecer a Deus pela oportunidade e ao senhor, Accioly, pelo convite. Hoje estamos aqui para falar do nosso leilão do Hospital de Amor e fazer um convite muito importante para toda a população de Tarauacá.”
O que é o Hospital de Amor?
Waldiane Almeida explica a importância da instituição
Waldiane Almeida:
“O Hospital de Amor começou como Hospital do Câncer de Barretos e hoje é um dos maiores centros oncológicos da América Latina. Trabalha com diagnóstico, prevenção, tratamento completo, reabilitação e pesquisas. Tudo 100% gratuito, com atendimento humanizado e tecnologia de ponta.”
Ela destacou que Tarauacá recebeu recentemente a carreta do Hospital de Amor, que realizou mamografias e outros exames preventivos gratuitamente.
“Se algum exame apresenta alteração, a paciente é encaminhada para avaliação em Rio Branco e, se necessário, para tratamento integral no Hospital de Amor — sem custo nenhum.”
Leilão 2024: data, local e programação
Irineida convida o povo de Tarauacá
Irineida Silva:
“Nosso leilão será dia 7 de dezembro, na Fazenda Brasília, logo após a ponte, a partir das 10h da manhã. A entrada é gratuita.
Teremos almoço a partir das 11h — por apenas R$ 30, com direito a se servir à vontade —, música ao vivo, doces, bebidas, crepe, arroz carreteiro no fim da tarde e o grande leilão, que começa ao meio-dia.”
Ela também agradeceu os pecuaristas, comerciantes e voluntários:
“Tarauacá está de parabéns! Temos doações de pequenos, médios e grandes produtores. Hoje já chegamos a 194 animais, sendo 186 bovinos. Este ano, 90 doadores estão contribuindo pela primeira vez.”
Como ajudar antes e durante o leilão
Waldiane detalha as várias formas de contribuição
Caixas de arrecadação nas escolas: alimentos não perecíveis para a Casa de Apoio do Hospital de Amor em Porto Velho.
Campanha do lacre de latinhas: produção de cadeiras de rodas.
Cofrinhos em comércios locais: qualquer moeda ajuda.
Prendas para o leilão: os comerciantes podem continuar doando.
Rainhas do leilão: meninas arrecadam doações nas ruas.
Doação de cabelo: para fabricação de perucas entregues gratuitamente a pacientes.
PIX e contribuições voluntárias no dia do evento.
“Tudo é ato de amor. Esse hospital só existe porque o povo ajuda”, disse Waldiane.
A importância da prevenção
O apresentador Accioly fez um relato emocionado sobre a perda de sua esposa para o câncer, reforçando o valor do diagnóstico precoce:
“O câncer é cruel. Quanto mais cedo descobrir, maiores as chances de cura. A carreta veio, os exames existem, mas as pessoas precisam aproveitar essas oportunidades.”
Irineida complementou:
“Eu também perdi minha sogra em apenas 23 dias. Prevenção salva vidas.”
Por que o Hospital de Amor precisa do leilão?
Waldiane explicou:
“O Hospital é filantrópico. Sobrevive com 70% de doações. O SUS repassa apenas 30%. E o hospital não economiza: todos os exames, medicações e equipamentos são de primeiro mundo.”
Ela destacou ainda que os tratamentos não são decididos isoladamente:
“Há uma junta médica para avaliar cada caso. É humanizado, responsável e comprometido com a vida.”
Chamado final à população
As coordenadoras deixaram um apelo:
Irineida Silva:
“Não é só doar: é arrematar! O leilão só funciona porque há quem compre. Mesmo que você não tenha fazenda, temos muitas prendas variadas. Participe.”
Waldiane Almeida:
“É uma missão dada por Deus. O que ganhamos? A nossa recompensa vem do céu. Estamos ajudando pessoas que talvez nunca veremos, mas que precisam de nós.”
Accioly agradeceu pela participação e reforçou o compromisso do programa:
Raimundo Accioly:
“Vocês fazem um trabalho grandioso. O Hospital de Amor não poderia ter nome melhor. Contem com nossa rádio e com o Blog do Accioly.”
Irineida e Waldiane:
“Dia 7 de dezembro, anotem na agenda. A partir das 10h, na Fazenda Brasília. Esperamos vocês!”



