TARAUACÁ: A DESPEDIDA DE UMA LENDA - LESIONADO, CAMPEÃO JOÃO HERBERT SE DESPEDE DAS COMPETIÇÕES


Quem está se despedindo das competições esportivas como atleta, por motivo de lesões, é o nosso Campeão Mundial de Jiu-Jitsu João Herbert. o tão sonhado título veio em 2017 no campeonato mundial no Rio de Janeiro. "Estou há quatro anos tentando competir, mas, devido às lesões não foi possível. Primeiro ano tive rompimento no tendão do ombro. Depois veio a hérnia de disco lombar. Aí veio a hérnia disco cervical. A última foi a lesão no ligamento do tornozelo. Por conta dessas lesões eu encerro minhas participações em competições como atleta", disse Herbert.


O INICIO

João Herbert da Rocha Melo, 41 anos, casado, pai de duas filhas, é professor de jiu-jitsu e empresário e iniciou no Jiu-Jitsu há 20 anos quando nos fundos do quintal da casa de seu pai, seu irmão Vander o convidou para junto com uns amigos, na época, Diego, Oseias, Cleison e outros, especialmente a faixa preta Stenio Oliveira de Rio Branco. "Na época, o que salvava o Cleison para oferecer aulas eram os projetos financiados pela Fundação Elias Mansour. Os recursos ajudavam na compra de tatame e outras despesas. Nós nunca tínhamos lugar certo. Saímos da casa do meu pai Tonga e fomos para a academia do Charles. Depois para o forró da terceira idade", disse Herbert.


NOMADISMO DOS ATLETAS

"Depois que o atleta Cleison Ferraz foi embora o grupo ficou só, porque o Stenio não queria mais vir pra Tarauacá devido o percurso da BR 364 e uns acontecimento pessoais. Aí tinha uns atletas aptos a mudarem de faixa, mas, não havia ninguém para graduar, na época, eu e Diego, que éramos faixa azul, comandávamos a academia. Então, convidei o professor Eduardo de Cruzeiro do Sul que era faixa preta de lá e ele veio e fez a graduação de vários, exceto eu que iniciei com Stenio e minha vontade era concluir com ele. Nesse dia os graduados foram Raimenson, Júnior Brás, Djavan e Diego. Nossa academia tinha o nome de Tsunami Gold Team. Foi então que falei para o Cleison que eu estaria saindo e iria treinar em casa junto com alguns amigos. Saiu também Diego, que montou a academia dele e eu a minha. Foi aí que comei minha batalha. Treinava lá em casa, depois fomos para academia do Renan. Em seguida um prédio locado do Serginho, depois um do Mirabor, Armazém do Comercial Wander e, atualmente temos finalmente um local permanente que é do lado da minha casa"


AS DIFICULDADES

"Ddurante todo esse período vivenciou os torneios que aconteciam todo os anos em Cruzeiro do Sul e em outros locais. Para a gente conseguir era para fora de Tarauacá era uma dificuldade grande. A prefeitura nunca ajudava. Todo prefeito que entrava eu arrumava briga. Toda vez ganhávamos várias medalhas e eu em particular".


O CAMPEÃO

"Minha melhor colocação em competição foi mundial no Rio de Janeiro, que fiquei em segundo. Eu já tinha ido cinco vezes em São Paulo e todas as vezes batia na trave de medalhar, mas não dava"


O FIM DAS COMPETIÇÕES

"Estou há quatro anos tentando competir, mas, devido às lesões não foi possível. Primeiro ano tive rompimento no tendão do ombro. Depois veio a hérnia de disco lombar. Aí veio a hérnia disco cervical. A última foi a lesão no ligamento do tornozelo. Por conta dessas lesões eu encerro minhas participações em competições como atleta".


O FUTURO

"Atualmente penso me dedicar mais ainda na base, preparar a garotada e transformá-las em campeões. Não só no pódio das competições, mas no grande pódio da vida. Meu sonho é deixar um grande legado, montar um centro de artes marcial que possa oferecer atividades gratuitamente para as crianças e os adolescentes. Eu já dediquei vinte anos da minha vida ao Jiu-Jitsu, tempo que poderia estar em casa com minha família, eu estava treinando ou ministrando aulas. Sempre pensei no Jiu-Jitsu, como atividade saudável para a mente e para o corpo de nossas crianças, adolescentes e adultos. Vou continuar nessa luta".









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