Dr. Vinícius, Dheina, Enfermeiro Kalil (SENSA) e Valcenir Tavares (Idaf-FJ) - foto: Accioly |
Dheina Costa, representando IDAF - Instituto de Defesa Agroflorestal Florestal do Acre esteve na manhã desta quarta feira (22) no Programa de Rádio "Bom Dia Tarauacá", juntamente com o Médico Veterinário do órgão Doutor Vinícius Braga, para levar ao conhecimento da população de um caso confirmado de RAIVA DE HERBIVOROS diagnosticado em um cavalo numa propiedade localizada no Rio Murú. IDAF e Secretaria Municipal de Saúde trabalham juntos nesse caso.
Médio Veterinário do IDAF Dr. Vinícios Braga - foto Accioly |
De acordo com o médico veterinário Dr. Vinícios, em Tarauacá, após a confirmação do resultado do exame que é feito num laboratório em Brasília, foi realizado o bloqueio do foco por 90 dias num raio de 50 km o que corresponde que a cidade inteira está dentro do foco. "Para que a população tenha noção da gravidade do problema, inclui-se as regiões do Novo Destino, Pacujá, Baixo Tarauacá, incluindo Ramal da Jaburu, Ramal do Socó. No Rio Murú, Aldeia Caucho, 18 Praias, Aldeia Nova, Tamandaré até o Igarapé Conceição. As propriedade exitentes nesta localidade precisarão obrigatóriamente vacinar seus animais", disse Vinícious.
Seguindo protocolos de segurança preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por intermédio do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), dos municípios de Tarauacá e Feijó, realizaram recentemente após receberem informações de um animal com suspeitas, nas mediações do Seringal Itamaraty, no Rio Murú, uma coleta de amostras de tecido nervoso para diagnóstico de raiva dos herbívoros.
As ações de vigilância e controle de focos de raiva dos herbívoros consistiu na coleta de amostras do sistema nervoso de uma fêmea equina por apresentar sinais sugestivos de doença nervosa, com lesões de espoliações de morcegos hematófogos, que serão enviados para análise laboratorial confirmatória.
Além da coleta de amostras físicas, a observação direta do comportamento dos animais de produção também é uma forma de prevenção. Foto: Fabiana Matos/Idaf
Para o médico veterinário, Vinicius Braga, o trabalho do Idaf é essencial para garantir a saúde animal e humana, além de prevenir surtos de raiva: “É de suma importância a vigilância passiva, onde o produtor monitora ou observa enfermidades ou mortalidade em seus rebanhos e leva as informações ao Idaf para que sejam tomadas as providências necessárias para estudo e identificação de caso. A agilidade da resposta à notificação do produtor evita o aumento do problema e as perdas de sua produção, como foi feito no caso em questão”.
O Idaf, como órgão de defesa agropecuária, criou, em 2007, o Programa Estadual de Controle da Raiva de Herbívoros (PECRH), com objetivo de ampliar a vigilância epidemiológica, controlar o agente causador e realizar a vacinação estratégica nos animais de produção, como bois, cavalos, cabras e outros animais de pasto e captura de transmissores (morcegos hematófogos).
Morcegos, especialmente os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), são frequentemente associados à transmissão de raiva. Foto: Vinícius Braga/ Idaf
Durante todo o ano, o órgão mobiliza atividades do programa que incluem o cadastramento de propriedades rurais e de abrigos de morcegos hematófogos, a execução da vigilância ativa em áreas ou propriedades de risco e o atendimento aos focos da doença. Paralelamente, atividades de educação sanitária são promovidas junto à comunidade, utilizando diversos meios de comunicação para conscientizar sobre os riscos da doença e as formas de prevenção, além da promoção e fiscalização da vacinação de rebanhos, e o fornecimento regular de informações ao Mapa sobre ações desenvolvidas no estado para o controle da raiva dos herbívoros.
Segundo dados fornecidos pelo Idaf, entre os anos de 2019 a 2023, podemos observar a distribuição das notificações e casos confirmados de raiva dos herbívoros em todas as regionais do estado, destacando as regionais de Tarauacá, Envira e Juruá com maior prevalência, devido à intensificação de ações de saúde realizadas pela equipe.
Em situações em que pessoas tiveram contato com animais positivos, principalmente pela saliva, o Idaf orienta que procure o sistema de saúde. Foto: Vinícius Braga/Idaf
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva de Herbívoros, a médica veterinária Maria do Carmo Portela, para indivíduos que tiveram contato com animais suspeitos de estarem infectados com raiva, a vacinação pós-exposição é crucial. “A vacinação previne a infecção se administrada logo após uma possível exposição ao vírus. Ela é extremamente eficaz, por isso é necessário respeitar as etapas a serem aplicadas, que é obrigatório, para evitar a propagação da doença”.
Vale ressaltar que, ao relatar casos de raiva ao Idaf, o produtor rural também tem acesso a orientações e apoio de técnicos para gerenciar a situação. Isso inclui a realização de testes, explicação de como lidar com os animais doentes e até mesmo apoio para evitar maiores prejuízos financeiros, já que a raiva pode levar à morte de animais e afetar a produção.
Blog do Acciolycom Agência-Acre
Postar um comentário
ATENÇÃO: Não aceitamos comentários anônimos