Socorro Neri deve ser a única deputada do Acre a votar contra “PL dos estupradores”

Socorro Neri, deputada federal do Acre/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Ela foi uma das únicas 6 parlamentares a manifestar contrária a urgência da votação.

Dos oito deputados federais do Acre, mais da metade já declarou a coluna que são a favor do projeto 1904/24, que equipara o aborto – realizado após 22 semanas de gestação – ao crime de homicídio simples, inclusive no casos de gravidez resultante de estupro.

São eles: Coronel Ulysses (UB), Eduardo Velloso (UB), Zezinho Barbary (PP), Gerlen Diniz (PP) e Roberto Duarte (Republicanos).

Diniz, contudo, declarou que é apenas a favor de estabelecer um limite temporal para a realização do aborto, que no projeto, define 22 semanas. O deputado esclareceu que é contra equiparar a pena de aborto ao de homicídio simples.

Outros dois – Antônia Lúcia (Republicanos) e Meire Serafim (UB) – preferem manter silêncio sobre a proposta. Porém, se levar em consideração o espectro político e ideológico dos três, os votos favoráveis são praticamente certos. Antônia Lúcia é pastora evangélica, Meire é deputada do União Brasil, um dos partidos que propuseram o projeto. Já Gerlen, também faz parte dos partidos de direita no parlamento, que mais defendem a mudança no Código Penal.

Apenas uma

Apenas a deputada federal Socorro Neri (PP) deu indícios de que quando o PL for colocado em votação no plenário geral da Casa, deverá ser contra a mudança.

Neri foi uma das únicas 6 parlamentares a manifestar contrária a urgência da votação. Além dela, dos 6, apenas outra deputada fez parte do grupo: Érika Hilton, do Psol de São Paulo. O voto das duas consta no sistema da Câmara dos Deputados.

Exemplo!

Triste saber que há a possibilidade de mais da metade das deputadas mulheres do Acre serem favoráveis ao projeto. Deveriam seguir o exemplo da secretária da Mulher, Mardhia El-Shawwa, que foi extremamente didática ao explicar os motivos do PL ser prejudicial as mulheres, e principalmente as meninas e adolescentes brasileiras.

É preciso lembrar!

Só para lembrar: o Acre está na lista do Ministério da Saúde, com pelo menos três dos 154 casos de meninas de até 14 anos que precisaram fazer aborto legal no país em 2023, segundo um levantamento suscitado pelos debates travados no Congresso Nacional.

leia toda a coluna de Matheus Melo no CONTILNET


Postar um comentário

ATENÇÃO: Não aceitamos comentários anônimos

Postagem Anterior Próxima Postagem