Em uma recente ocorrência de golpe virtual, advogados do Acre tiveram seus dados pessoais e os de seus clientes vazados. Preocupados com a situação, um grupo de profissionais esteve na sede da Polícia Civil nesta sexta-feira, 21, para conversar com o delegado-geral, Dr. Henrique Maciel, solicitando mais atenção ao caso.
A situação se agravou em abril deste ano, quando criminosos começaram a utilizar o nome dos advogados e seus escritórios para promover fraudes. Diversos números falsos foram criados em nome dos advogados, com a quadrilha responsável solicitando pagamentos indevidos aos clientes.
Representando os colegas, a advogada Marina Belandi destacou a necessidade de centralização das investigações. “Solicitamos a abertura de um inquérito policial para centralizar os boletins de ocorrência que vêm dos escritórios de advocacia, tanto dos clientes quanto dos profissionais. Vamos acompanhar as diligências para coibir e ter êxito na investigação da quadrilha que está aplicando esses golpes”.
Os golpistas conseguiram acesso a processos e dados sensíveis de ambas as partes, o que viola a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O vazamento de informações confidenciais não só coloca em risco a privacidade dos clientes, mas também compromete a confiança nas relações profissionais dos advogados.
O delegado-geral afirmou que já está cuidando do caso. "Estaremos encaminhando todas as ocorrências para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde designamos uma equipe específica para lidar com esses golpes. Estamos trabalhando para implementar uma delegacia especializada em crimes virtuais, mas, por enquanto, a Draco está cumprindo essa função", explicou Maciel.
O responsável pelo comando da Polícia Civil orienta que as vítimas forneçam o número do inquérito policial e registrem boletins de ocorrência na Draco, podendo ser feito pela delegacia virtual ou na própria regional (que já há determinação para remeter à Draco).
Marina Belandi e o grupo de advogados continuarão acompanhando o caso e vão colaborar com as autoridades para garantir que episódios como este não se repitam com os profissionais da classe.
Luanna Lins
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