Marina Silva é nomeada uma das 100 lideranças climáticas mais influentes do mundo pela revista Time

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente — Foto: Cristiano Mariz / O Globo

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças ClimáticasMarina Silva, foi nomeada uma das 100 lideranças climáticas mais influentes do mundo de acordo com a revista Time, uma das publicações mais prestigiadas do mundo. Na lista, divulgada nesta quinta-feira, aparecem nomes como o do bilionário Bill Gates, o cineasta James Cameron, a cantora Billie Eilish e a banda Coldplay. John Kerry, o enviado especial dos EUA para o clima, também figura entre as personalidades homenageadas. Além de Marina, representam o Brasil o fotógrafo Sebastião Salgado e o executivo paraense Marcelo De Oliveira.

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A homenagem acontece duas semanas antes da Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP28, que começa do próximo dia 30 em Dubai, nos Emirados Árabes. No texto, a Time destaca a atuação de Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas para "criar resiliência climática e frear o desmatamento", resultando na queda de 20% no desmatamento da Amazônia brasileira em comparação com o ano passado — a primeira baixa nos indicadores em cinco anos.

— A coisa mais importante que todos nós precisamos fazer com urgência é quebrar o ciclo vicioso de acreditar que a realidade já está sendo mudada por nós, pelo governo e pelas sociedades, simplesmente porque chegamos a um acordo sobre algo — disse Silva à revista quando questionada sobre como avançar a agenda climática. — Temos um raro consenso científico sobre o que está acontecendo, temos as informações, conhecemos os custos da inação, sabemos o que queremos evitar, sabemos o que precisamos fazer e, é claro, temos o dinheiro para fazer o esforço de transição necessário.

De acordo com a ministra, o principal desafio para implementar as medidas urgentes para conter as mudanças climáticas é a "falta de comprometimento" de empresas e governos para alocar recursos suficientes e avançar na agenda, enquanto as mais afetados continuam sendo as populações de países vulneráveis.


— Já temos uma parte significativa das respostas técnicas necessárias para implementar a transformação ecológica de que o mundo tanto precisa. O que está faltando é o compromisso ético de usar recursos tecnológicos, humanos e financeiros para aumentar nossas chances contra as terríveis consequências das mudanças climáticas — afirma Silva em entrevista.

A ministra reforçou a importância de iniciativas como fundos de perdas e dados, "alinhado com a responsabilidade das nações ricas e a solidariedade para com as populações vulneráveis nos países em desenvolvimento".

— É lamentável que tenhamos perdido um tempo precioso para a ação climática nas últimas duas décadas porque o lobby dos combustíveis fósseis trabalhou para bloquear o progresso tão necessário. A conta agora é muito mais alta e se tornará impossível de pagar se ficarmos mais tempo parados.

FONTE: O GLOBO

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