Acre lidera aumento na produção de soja sem derrubar uma árvore usando áreas degradadas e de pastagens


Estado está de olho na rota interoceânica para integração com nações da América e da Ásia, incluído a gigante China. Porto de Chancay, no Peru, tem tudo para consolidar a rota

O Acre foi o estado onde a produção de soja mais cresceu em 2023. Foram 115% de aumento, se comparada à safra anterior. Saiu de 20 mil toneladas para 44 mil produzidas em 12 mil hectares, terra proveniente de outras lavouras ou da pecuária. Os dados são da Revista Oeste em reportagem assinada pelo jornalista Evaristo de Miranda.

Dos 38 mil imóveis rurais do Acre, apenas 2,7% estão registrados no Cadastro Ambiental Rural. O dado mostra que é preciso avançar na questão ambiental. Ainda de acordo com a revista, o Acre também teve avanço na produção de milho: produziu 190 mil toneladas do grão.

Com uma biodiversidade ímpar, o estado detém 4,9 milhões de áreas de terras protegidas, seja por decretos estaduais ou federais. O número representa que 30% das terras do estado são de áreas protegidas. São ao todo 31 terras indígenas e 17 unidades de conservação integral. O estado também é considerado um dos que mais preserva quando o assunto é reserva legal em propriedades privadas, assentamentos rurais e reservas extrativistas: são 6, 2 milhões de hectares preservadas. “Na média, os produtores do Acre só exploram 21% de suas terras”.

A Revista Oeste aponta também que a ponte sobre o Rio Madeira ajudou a colocar os produtos do Acre em outras regiões do País, por meio da hidrovia do Madeira, reduzindo custos, tirando a morosidade da travessia ocasionada pela antiga balsa.

A reportagem cita que o estado hoje exporta para 63 países e diversificou sua base de produtos destinados a este fim. Além da madeira, nosso carro-chefe, a soja entrou na rota da exportação, ao lado da castanha, do milho, carne bovina e suína. Em 2022, o frigorifico Dom Porquito foi habilitado para exportação de carne suína para o Peru.

Nesta troca comercial com o país vizinho, o Acre trabalha para exportar soja e milho e importar calcário e fertilizantes. Com insumos mais em conta e mais perto das lavouras, o estado pretende ampliar as áreas plantadas.

Outra grande aposta para o Acre é a inauguração do Porto peruano de Chancay, que poderá colocar o Acre na rota do desenvolvimento, criando um verdadeiro corredor de exportação e importação. Os dados mostram que os empresários acreanos usam muito pouco a interoceânica. Apenas 8,7% do que é exportado, passa pela rodovia e apenas 1,7% daquilo que é comprado pelo Acre de outros países chega por este caminho. Chancay poderá alavancar essa rota.

Com informações da Revista Oeste

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