TARAUACÁ: POLÍCIA RESGATA FAMILIA QUE FOI EXPULSA DE CASA POR FACCIONADOS NO RIO MURÚ - QUATRO QUE FORAM PRESOS VÃO PARA O PRESÍDIO.


No último sábado, 16, Policiais Civis e Militares de Tarauacá, sob o comando do Delegado Valdinei Soares, foram até a região do Tranzual no Rio Murú onde estava acontecendo conflito armado entre fações criminosas.

Na operação os homens da lei resgataram 18 pessoas da família de José Ordôni, um dos líderes de uma das facções, que haviam sido expulsas de suas casas por um grupo rival. Dentre elas várias crianças.

O Delegado Valdinei falou ao Blog do Accioly sobre a operação.

Essa família estava abrigada em uma escola, aguardando a chegada dos policiais. A denúncia também dizia que poderia haver uma pessoa morta dentro de um igapó, o que não foi confirmado pelos policiais. As pessoas foram encaminhadas para a delegacia onde passaram a tarde inteira. À noite, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social, todos foram abrigados em um hotel da cidade. Na manhã de domingo (17), a secretaria de segurança garantiu dois micro-ônibus e a família foi transportada para Rio Branco” Disse o Delegado.

Ainda de acordo com Dr. Valdinei, agora a situação está tranquila na localidade.

As quatro pessoas que foram presas já foram flagranteadas, passaram pela audiência de custódia, onde o juiz decretou a prisão preventiva de todos e nesta segunda feira deverão estar sendo encaminhados ao presídio Moacir Prado.

José Ordoni, um dos pivôres do conflito não foi encontrado e a polícia não sabe informar se o mesmo foi ferido, ou se está ainda vivo.

Entenda o caso



Delegado Valdinei Soares - Tarauacá

O Delegado Valdinei Soares da Regional Tarauacá-Feijó-Jordão, falou com exclusividade ao Blog do Accioly Soares sobre o CONFLITO VIOLENTO envolvendo grupos de faccionados de brancos e indígenas que estaria acontecendo no Tamandaré, Rio Murú em Tarauacá.

De acordo com Dr. Valdinei um homem conhecido como José Ordôni, ex-presidiário que cumpriu pela em Rio Branco e estava já em liberdade, estava acompanhado de alguns familiares e teria sido abordado na última segunda feira, 11 de abril, no porto da cidade, por membros de uma fação criminosa querendo que o mesmo passasse a integrar um grupo rival.

Além de ter negado fazer parte do novo grupo, quando se dirigia para comunidade do Tamandaré, o grupo de Ordoni ao passar em frente a Aldeia do Caucho, teria ameaçado os indígenas e até disparado alguns tiros em direção a aldeia.

No outro dia de manhã, cerca de 25 pessoas, na maioria indígenas, teriam ido até a colônia a procura de Ordoni, efetuado disparos de armas de fogo. Havia um boato que cinco pessoas teriam sido mortas. A esposa de José Ordoni veio até a cidade e repassou essas informações.

Com base nisso, as polícias civil e militar se deslocaram até a comunidade para averiguar os possíveis homicídios.

No local as forças de segurança constataram que não houve a "tal chacina", mas as casas foram incendiadas. José Ordoni e seus familiares não foram localizados.

Na delegacia, a mãe e a esposa de José Ordoni registrarem um boletim de ocorrência.

A polícia militar ficou no local fazendo buscas e não encontrou ninguém.

O delegado disse que orientou as mulheres a não retornarem ao local devido o possível conflito, mas a mãe de Ordoni acabou voltando para a residência. Ao chegar em casa foi sequestrada pelos indígenas, juntamente com outros familiares. A idéia era pressionar José Ordôni a se entregar, fato que não ocorreu e os indígenas acabaram liberando a senhora.

Com, base nisso, a Polícia Militar na mesma tarde voltou ao local e não encontrou ninguém.

No dia de ontem, a PM em campana na localidade, acabou detendo quatro pessoas, sendo dois indígenas e dois não indígenas moradores aqui da cidade, por porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

O flagrante está sendo realizado na delegacia local. O

José Ordoni, pivô dessa confusão toda, está desaparecido e não se tem notícia se foi ferido ou se está bem de saúde.

Essas informações foram repassada pelo Delegado Valdinei Soares

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