Foi em 1877 que aconteceu a grande seca no nordeste que, até hoje, não deixa de ser lembrada.
Aos poucos, ela foi matando as plantas e as criações, de forma que os agricultores não encontraram outra saída a não ser reunirem as suas famílias e rumar em direção à cidade, em busca de sobrevivência.
As cidades ficaram lotadas de povos vindos dos arrabaldes.
Também na cidade, essa gente passou privação. A assistência dada pelo governo era trabalho, mas não para todos, pois era grande o número de pessoas desabrigadas.
Depois de algum tempo, voltou a chover. O povo, amedrontado com acontecido, recusava voltar para roça, pensando não só na perda das criações e plantações, mas também na perda de pai, parentes e irmãos. Nem todos pensaram assim; uma minoria voltou às suas cabanas.
Hoje, lembramos alguns fatos dessa época, aproveitando histórias de velhos nordestinos que, em tempos de criança, foram vítimas desse acontecimento.
Como exemplo, temos as histórias contadas por Angélica da Silva que, na época da seca, tinha 14 anos de idade. Seu pai, Joaquim Serra Grande, e sua mãe, Antônia Aprígio da Silva, morava na serra de Baturité no Ceará.
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